A contribuição da Revista Saúde em Debate para a construção da crítica ao preventivismo
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Data
2025
Autores
Mathias, Gustavo
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Resumo
Esta pesquisa teve como objetivo investigar a disseminação da crítica à medicina preventiva no período que antecedeu a Reforma Sanitária Brasileira, bem como sua contribuição para a compreensão de fatores fundamentais à democratização da saúde no Brasil. O estudo analisou artigos voltados à crítica da medicina preventiva publicados na revista Saúde em Debate, do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde, entre 1976 e 1988, período marcado pela intensa repressão do regime militar. Entre os principais resultados, destacaram-se questionamentos à História Natural das Doenças, evidenciando sua incapacidade teórica de abranger os problemas de saúde de forma universalizada, como originalmente proposto. Além disso, observou-se uma crítica recorrente à racionalização dos modelos adotados, que deslocaram o foco da saúde pública para atender aos interesses econômicos do Estado e do setor privado. Conclui-se que esse modelo se mostrou insuficiente para resolver os problemas de saúde da população, o que se refletiu no declínio dos níveis de saúde e na fragilidade técnica e teórica do modelo.
Resumen
Esta investigación tuvo como objetivo analizar la difusión de las críticas a la medicina preventiva en el período previo a la Reforma Sanitaria Brasileña, así como su contribución a la comprensión de factores clave para la democratización de la salud en Brasil. El estudio examinó artículos centrados en la crítica a la medicina preventiva, publicados en la revista Saúde em Debate, del Centro Brasileño de Estudios en Salud, entre 1976 y 1988, un período marcado por una intensa represión bajo el régimen militar. Entre los principales hallazgos, destacaron las críticas a la Historia Natural de las Enfermedades, señalando sus limitaciones teóricas para abordar de manera universalizada los problemas de salud, como se proponía originalmente. Además, se identificó una crítica recurrente a la racionalización de los modelos adoptados, que desplazaron el enfoque principal de la salud pública hacia el servicio de los intereses económicos del Estado y del sector privado de la salud. Se concluye que este modelo fue insuficiente para resolver los problemas de salud de la población, lo que se reflejó en el deterioro de los niveles de salud y en la fragilidad técnica y teórica del sistema.
Abstract
This research aimed to investigate the dissemination of criticism toward preventive medicine in the period preceding the Brazilian Health Reform, as well as its contribution to understanding key factors in the democratization of health in Brazil. The study analyzed articles focused on the critique of preventive medicine published in the journal Saúde em Debate, by the Brazilian Center for Health Studies, between 1976 and 1988, a period marked by intense repression under the military regime. Among the main findings, significant critiques were directed at the Natural History of Diseases, highlighting its theoretical limitations in comprehensively addressing health issues in a universalized manner, as originally proposed. Additionally, a recurrent critique emerged regarding the rationalization of adopted models, which shifted the primary focus of public health toward serving the economic interests of the state and the private health sector. It was concluded that this model proved insufficient in addressing the population's health issues, as reflected in declining health levels and the model’s technical and theoretical fragility.
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva.
Palavras-chave
saúde coletiva, medicina preventiva, doenças, reforma sanitária