Oralitura e ecumenismo em João Guimarães Rosa (1908-1967): paisagens simbólicas em Grande sertão: veredas (1956).

dc.contributor.authorVieira, Elizabete da Conceição
dc.date.accessioned2024-08-27T01:09:37Z
dc.date.available2024-08-27T01:09:37Z
dc.date.issued2024
dc.descriptionDissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Literatura Comparada.
dc.description.abstractEste estudo tem como objetivo percorrer o romance Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa (1908-1967), com base em instrumental teórico em torno de aspectos conceituais e históricos da categoria estética denominada “oralitura”. Essa categoria é aqui entendida como modo tradicional de expressão comunicativa, de natureza poética e verbal, cuja transmissão interpessoal ocorre de forma acústica, em performances corporais, coletivas e gregárias. Portanto, como ponto de partida, propomos uma revisão histórico-bibliográfica em torno do conceito de “oralitura”. Em momento ulterior, trilhando e explorando pistas de leitura deixadas por Guimarães Rosa em sua obra Grande sertão: veredas, seguimos os movimentos e ritmos da oralitura, suas diversificadas manifestações nas páginas da obra do bardo mineiro, em estreito diálogo com as performances da oralitura no terreiro do sagrado e no terreno do profano. No tocante à conflituosa formulação do conceito de “oralitura”, confrontamos as ideias de Hampâté Bâ (2010), Aguirre (1992), Ferrer (2010), Friedemann (1999), Lisbôa (2020), Maglia (2016), Martins (1997), Mendizabal (2010), Thiong'o (2007) e Zirimu (1998), para logo contemplarmos, em perspectiva comparatista, os estudos pioneiros de Mário de Andrade (2002). De forma complementar, buscamos apoio em críticos pioneiros que analisam as vertentes regionalista e popular da obra rosiana, tais como Candido (1983) e Arroyo (1984). Para melhor compreensão do viés espiritual e ecumênico dessa obra, seguimos os estudos de Utéza (1994) e Campos (2006), em leitura contrastiva com recentes pesquisas publicadas por Marinho, em co-autoria com Castro (2021), Maciel (2021), Santos (2021), Silva (2019, 2020), Souza (2022) e Leal (2023). Com base nesse arcabouço crítico e teórico, percorremos a narração do próprio bardo Riobaldo, de forma a evidenciar o encontro de múltiplas espiritualidades em suas variadas manifestações diastráticas, diacrônicas e diatópicas – tal qual a linguagem utilizada pelo romancista mineiro. Caberia aqui relembrar que o próprio autor afirma se dedicar ao preparo de um “omelete ecumênico”, ou seja, uma obra poética que busca inspiração em todos os solos, em toda a terra habitada, no conjunto do universo, tal como indica a etimologia de “ecumênico” (do grego “οἰκουμένη”, oikumene, significado “mundo habitado”). Nesse sentido, buscamos identificar passagens textuais articuladas em torno da oralitura e do ecumenismo espiritual, enfeixadas em elementos de paisagem pretextualmente sertaneja.
dc.identifier.urihttps://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8486
dc.language.isovi
dc.rightsopenAccess
dc.subjectOralitura. Guimarães Rosa. Ecumenismo e Espiritualidade
dc.titleOralitura e ecumenismo em João Guimarães Rosa (1908-1967): paisagens simbólicas em Grande sertão: veredas (1956).

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Oralitura e ecumenismo em João Guimarães Rosa (1908-1967): paisagens simbólicas em Grande sertão: veredas (1956).pdf
Tamanho:
3.18 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.82 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: