Alargar os Horizontes: uma Análise sobre o Projeto Nosso Nordeste, Nosso Lugar de Fala: Articulando Resistências e Propondo uma Educação Popular
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Data
2020-12-16
Autores
Araujo, Jonas Mateus Ferreira
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Resumo
Esta dissertação teve como objetivo principal analisar os caminhos que viabilizaram os processos de
mapeamento das experiências de resistência através das ações do projeto Nosso Nordeste, Nosso
Lugar de Fala: Articulando Resistências e Propondo uma Educação Popular, e os objetivos
específicos planejados diante da problemática da pesquisa foram: coletar o mapeamento das
experiências de resistência no Nordeste brasileiro, feito pelo projeto em questão; refletir sobre a
construção social do Nordeste como uma região em disputa a partir das experiências de resistências
mapeadas; e analisar os resultados, limites e possibilidades do processo de mapeamento. Para isso,
foi necessário debater alguns elementos históricos em torno da educação popular e do Nordeste.
Metodologicamente a discussão está pautada desde as perspectivas da pesquisa-ação sobre o projeto
em questão, a partir da ação de mapear e dos seus processos e resultados. De modo que esse
mapeamento resultou num total de 109 experiências de resistências no Nordeste, localizadas nos
estados de Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Dentre estas, 24
participaram diretamente do projeto Nosso Nordeste, Nosso Lugar de Fala (N.N.) e elaboraram
Planos de Formação a partir das suas experiências. As análises sobre esse processo de mapeamento
foram feitas a partir de um Diário de Campo e os seus resultados evidenciaram contribuições para a
educação popular e para a compreensão sobre esse Nordeste como um espaço em movimento e
tensionamento da história hegemônica que tenta nos nor-destinar. E as análises em torno da educação
popular oriundas do mapeamento ressaltaram o caráter diverso que ela possui por existir em constante
diálogo com o movimento da realidade e suas demandas de tensionamento, colocando em destaque,
ainda, a necessidade de valorização das dimensões ancestrais da educação popular. Ademais, as
análises em torno das possibilidades desenvolvidas pelo mapeamento e, logo, pelo Projeto N.N.,
sinalizaram a necessidade de que as atuações de enfrentamento das opressões diversas precisam partir
de coalizões de forças com experiências de resistências distintas, e que se leve em consideração as
contribuições da interseccionalidade para compreender e atuar diante múltiplas formas de opressão
sem necessidade de hierarquização destas.
Abstract
Descrição
DISSERTAÇÃO APRESENTADA AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM ESTUDOS LATINO-AMERICANOS (IELA)
Palavras-chave
Educação popular. Experiências de resistência. Nordeste. Interseccionalidade.