A encruzilhada das relativas não estândar entre o espanhol (E) e português brasileiro (PB) e seus efeitos sobre a aprendizagem de ELE por brasileiros
Data
2016-08
Autores
Castaldo, Isabel C. Contro
González, Neide T. Maia
Muñoz Liceras, Juana
Título da Revista
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Editor
UNILA
Resumo
Ainda que a formação das construções relativas seja semelhante no espanhol (E) e no português
brasileiro (PB), o uso das relativas restritivas não estândar parece ser diferente. No E, por um lado,
é bastante comum a relativa com pronome resumptivo (Brucart, 1999), (Es una chica que ya te he
dicho que ayer hablamos con ella), sobretudo quando o antecedente é indefinido e está distante da
cláusula relativa; por outro, não são comuns ou aceitas as construções oblíquas com um
complementizador (Rivero, 1982, apud Liceras, 1986, p. 47) e a preposição elidida (?Este es el
libro que he hablado muchas veces). Já em PB a formação preferida é a com complementizador e
sem preposição –segundo Tarallo (1983) uma cortadora (A moça que eu falei ontem está aqui)–
frente à construção com resumptivo (A moça que eu falei com ela ontem está aqui), atualmente
estigmatizada.Com o objetivo de investigar o grau de aceitabilidade das relativas especificativas no
E por falantes do PB e determinar em que medida se produz transferência da L1, aplicamos um
teste de Juízo de Aceitabilidade a 30 falantes de ELE cuja língua materna é o PB e a um grupo de
controle de 30 hispanofalantes. Os resultados mostraram que o grau de aceitação das construções
cortadoras é mais alto que o grau de aceitabilidade das relativas com resumptivo. Os hispano-
falantes vão em direção oposta: as construções de resumptivo apresentaram um grau mais alto de
aceitabilidade que as cortadoras, o que permite concluir que os falantes do PB transferem suas
preferências ao E, tal como podíamos predizer a partir das propostas dos linguistas
Abstract
Descrição
IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016
Palavras-chave
Espanhol - E, Português brasileiro - PB