Ciencias morales: uma metáfora da repressão estatal na Argentina de 1982

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Data

2016-08

Autores

Ferreira, Peter de Sá

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Editor

UNILA

Resumo

No romance Ciencias morales (2007), o escritor argentino Martín Kohan revisita a última ditadura militar argentina (19761983), vinculando a ficção à memória. Carregada de alusões que nos remetem àquele período histórico, nossa proposta é analisar a obra a partir de dois destacados aspectos da poética de seu autor: a figura do silêncio e a metáfora da violência. A trama se desenvolve durante a guerra das Malvinas e Kohan, escolhe o Colégio Nacional de Buenos Aires como principal cenário de seu romance. Situado a poucos metros da Casa Rosada – ponto nevrálgico do poder estatal – e da Praça de Maio – importante ponto de concentração popular –, o “colégio da pátria” se relaciona de algum modo a um contexto onde impera uma violência política. No interior do Nacional, ainda que o controle dos corpos fosse fundamental no trato com os alunos, estes eram naquele momento, alvos de uma branda vigilância e ao mesmo tempo, amplamente protegidos da violência externa. Por outro lado, a repressão exercida em um mesmo nível hierárquico entre aqueles que eram responsáveis pelo aspecto disciplinar – María Teresa e Biasutto –, coloca em evidência o modo como a violência se exerce de modo complexo. Na obra, a reprodução das estruturas de poder e do controle dos corpos será analisada a partir das teorias de Michel Foucault. Os estudos relacionados à violência terão como base textos de José Pablo Feinmann e Pilar Calveiro e ainda, os ensaios de Martín Kohan sobre a guerra. A questão da memória será analisada a partir dos estudos críticos de Beatriz Sarlo e Leonor Arfuch

Abstract

Descrição

IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016

Palavras-chave

Martín Kohan (1967-) - escritor argentino

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