O cotidiano fraturado em Aqui pasan cosas raras, de Luisa Valenzuela

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Data

2016-08

Autores

Caser, Maria Mirtis

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Editor

UNILA

Resumo

Nesta leitura de Aquí pasan cosas raras, de Luisa Valenzuela, analisamse os acontecimentos violentos e insanos que fraturam a vida cotidiana da gente comum, moradora de uma capital, que, em alguns dos relatos, é diretamente nomeada Buenos Aires. Surpreendidas pelo nonsense dos episódios orquestrados pelas forças policialescas dos promotores da chamada “Guerra sucia”, as personagens tentam sobreviver apesar do medo, da angústia, da insegurança, da “cuerda floja” em que têm de se equilibrar. Com ironia, humor negro, e jogos de palavras que caracterizam seu discurso, a contista mimetiza a estupefação produzida pelo efeitos da política imposta pela ditadura. Nos relatos “Aquí pasan cosas raras”, que dá título à compilação, “Los mejor calzados”, “Sursum corda” ou “El lugar de su quietud”, Valenzuela registra o silêncio imposto pelo autoritarismo, a inevitável autocensura do narrador e a imobilidade coletiva frente aos desmandos oficiais. As anotações de Luis Alberto Romero (2004) e de Francine Masiello (1987) sobre o “Proceso” na Argentina e de Andrea Parada (1999) sobre a revisão histórica estabelecida pelo discurso valenzuelano compõem a base da crítica para o trabalho

Abstract

Descrição

IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016

Palavras-chave

Luisa Valenzuela (1938- ) - escritora argentina

Citação