Vida nua e questões de alteridade em A Hora da Estrela
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Data
2017-10
Autores
Alves, Sérgio Afonso Gonçalves
Belchior, Poliana Sales
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Resumo
Este artigo terá como finalidade discutir a condição social feminina a
partir da personagem Macabéa, do romance A hora da estrela, de Clarice
Lispector. Trataremos especificamente da personagem com um ser vivendo em
situação de periferia e fora do seu lugar, um ser deslocado, invisível, em constante
processo de emudecimento e em situação extrema ou situação-limite. Traçaremos
um paralelo entre Macabéa e o muçulmano – tal como este é descrito por Giogio
Agamben – como o indivíduo incapaz, nos campos de concentração nazista, de
discernir entre o bem e o mal, entre nobreza e vileza, não passando dos limites de
um feixe de funções físicas em agonia: uma vida nua, uma vida não politizada,
submetida ao poder soberano, sofrendo o peso de um controle biopolítico sobre
seu corpo. Nessa direção, problematizaremos também questões relacionadas ao
vivendo em estado de subalternidade, segundo Gaytri Spivak, cuja situação e
condição social exclui do merdado, da representação política e legal indivíduos das
camadas mais baixas, mas também questões outras relativas à alteridade de
acordo com o pensamento de Homi Bhabha e ainda, por se tratar de uma obra cuja
fortuna crítica fixa na questão vida e obra, discutiremos a noção de autoficção,
dando destaque aos problemas de construção do romance como experiência de
vida
Abstract
Descrição
Palavras-chave
Subalternidade, Vida nua, Autoficção