Um modernista brasileiro navegando pelas águas do Rio da Prata
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Data
2016-08
Autores
Silva, Mônica Gomes da
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Editor
UNILA
Resumo
Em 1935, é realizada uma missão intelectual à Região do Rio do Prata a convite do jornal argentino
Crítica (19131963). A proposta da publicação consistia em propiciar uma aproximação entre as
“pátrias de Sarmiento e Euclides da Cunha” a fim de conhecer as características comuns que
pudessem “construir a civilização ‘deste outro lado’” (HOHAGEN, 1935 apud MACHADO, 1983:
294). Dentre os intelectuais convidados, encontravase o escritor paulistano António Castilho de
Alcântara Machado d’Oliveira (19011935), um dos protagonistas do movimento modernista. A
partir desta, que foi sua última viagem internacional, publicouse uma série de artigos para o Diário
da Noite (19291961) e O Jornal (19241974). Discutemse as imagens construídas sobre a região rio-
platense pelo jornalista paulistano. Notase um texto dissonante da representação construída, por
exemplo, pelos jornalistas colaboradores do Crítica, publicação promotora da viagem da comitiva.
Enquanto jornalistas como Roberto Arlt (19001942), descrevem uma Buenos Aires babélica e
marginal, o jornalista brasileiro se detém em tópicos construtores da nacionalidade argentina e
constrói uma imagem ordeira para o espaço urbano. A fim de abordar o conceito de civilização e a
visão refratária do modernista sobre o fenômeno urbano bonaerense, partese do estudo de Beatriz
Sarlo (2010), cujo conceito de cultura de mescla traduz o processo complexo de modernização na
Argentina e o processo de expansão do mercado cultural
Abstract
Descrição
IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016
Palavras-chave
Região do Rio do Prata