Análise do potencial de biorremediação de fungos do Parque Nacional do Iguaçu frente a solos contaminados com atrazina.
dc.contributor.author | Soares, Eduardo Augusto | |
dc.date.accessioned | 2024-11-08T18:33:29Z | |
dc.date.available | 2024-11-08T18:33:29Z | |
dc.date.issued | 2024 | |
dc.description | Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia. | |
dc.description.abstract | O crescimento populacional tem gerado uma alta demanda por alimentos em escala global, resultando na necessidade de expandir a produção. Para garantir a segurança alimentar, há um aumento na área cultivada, o que, por consequência, leva ao uso intensificado de agrotóxicos. O Brasil, um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, enfrenta desafios decorrentes do uso intensivo desses produtos, como o esgotamento do solo, desmatamento e impactos na biodiversidade. Dentre eles está a atrazina, um agrotóxico altamente tóxico para o meio ambiente e com alta capacidade de acumulação no solo. Este cenário leva à necessidade de se desenvolver produtos e processos que diminuam os impactos ambientais. Desta forma, o objetivo do presente trabalho é avaliar o potencial dos fungos do Parque Nacional do Iguaçu no processo de biorremediação, de forma ex situ, de solo contaminado com atrazina, através da variação final do herbicida em relação a concentração inicial, isso em diferentes dias de inoculação dos fungos. O estudo envolveu a coleta e preparo de solo do Parque Nacional do Iguaçu, com a obtenção de cinco amostras de solo de três locais distintos. No laboratório, elas foram homogeneizadas, peneiradas para remover materiais estranhos e combinadas em uma única amostra composta. Os fungos Fusarium sp._GU e Fusarium sp._GW, pertencentes à Coleção de Cultura de Micro-organismos de Importância Biotecnológica e Ambiental (CCMIBA) da UNILA, caracterizados anteriormente e obtidos dos mesmos locais da presente coleta, foram usados no estudo de degradação da atrazina. Sete tratamentos foram realizados, incluindo cultivos com e sem atrazina e controles abióticos, com adição de atrazina nas concentrações de 10 e 100 mg/L. Posteriormente, os resíduos de atrazina no solo foram extraídos com acetona e analisados por HPLC. Além disso, para avaliar o potencial de biorremediação, a biomassa fúngica foi interagida com meio líquido com solo e atrazina, por sete dias. A biomassa foi medida após filtração e secagem do material, para comparação do crescimento entre os tratamentos. Porém, após sete dias de cultivo, não houve indicação de crescimento usando solo como única fonte de carbono, isto, tanto em meio líquido, contendo solo, quanto nas avaliações feitas diretamente no solo contaminado com o agroquímico. Neste segundo caso, ..... A eficiência da biodegradação fúngica parece depender amplamente das condições do ambiente, sendo mais eficaz em meios sólidos, para otimizar o processo, é necessário adicionar nutrientes, pois a atrazina sozinha não sustenta o crescimento fúngico. Estudos in situ são importantes para confirmar a eficiência dos fungos em ambientes reais, possibilitando a recuperação mais rápida de solos contaminados e beneficiando os agricultores e o próprio meio ambiente. | |
dc.identifier.uri | https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8660 | |
dc.language.iso | vi | |
dc.rights | openAccess | |
dc.subject | agrotóxico | |
dc.subject | biomassa | |
dc.subject | fusarium | |
dc.subject | degradação | |
dc.subject | biorremediação. | |
dc.title | Análise do potencial de biorremediação de fungos do Parque Nacional do Iguaçu frente a solos contaminados com atrazina. | |
dcterms.abstract | Population growth has generated a high demand for food on a global scale, resulting in the need to expand production. To ensure food security, cultivated areas have increased, which, consequently, leads to intensified pesticide use. Brazil, one of the largest pesticide consumers in the world, faces challenges resulting from the intensive use of these products, such as soil depletion, deforestation, and impacts on biodiversity. Among them is atrazine, a pesticide highly toxic to the environment and with a high capacity for soil accumulation. This scenario highlights the need to develop products and processes that reduce environmental impacts. Thus, the objective of the present work is to evaluate the potential of fungi from Iguaçu National Park in the ex situ bioremediation process of soil contaminated with atrazine, by assessing the final variation of the herbicide in relation to the initial concentration at different days of fungal inoculation for chromatographic evaluations, while the growth assessment in soil extract occurred over seven days. The study involved the collection and preparation of soil from Iguaçu National Park, obtaining five soil samples from three distinct locations. In the laboratory, they were homogenized, sieved to remove foreign materials, and combined into a single composite sample. The fungi Fusarium sp._GU and Fusarium sp._GW, belonging to the UNILA Culture Collection of Biotechnological and Environmental Microorganisms (CCMIBA), previously characterized and obtained from the same collection locations, were used in the atrazine degradation study. Seven treatments were carried out, including cultures with and without atrazine and abiotic controls, with the addition of atrazine at concentrations of 10 and 100 mg/L. Subsequently, atrazine residues in the soil were extracted with acetone and analyzed by HPLC. Additionally, to evaluate the bioremediation potential, fungal biomass was interacted with a liquid medium containing soil and atrazine for seven days. Biomass was measured after filtration and drying of the material to compare growth between treatments. However, after seven days of cultivation, no growth was indicated using soil as the sole carbon source, both in liquid medium containing soil and in the assessments conducted directly on soil contaminated with the agrochemical. In this second case, fungal growth was observed in treatments containing atrazine; however, it was not possible to evaluate degradation as the chromatographs did not show the pesticide pattern, only acetone was observed. The efficiency of fungal biodegradation appears to largely depend on environmental conditions, being more effective in solid media. To optimize the process, adding nutrients is necessary, as atrazine alone does not support fungal growth. In situ studies are important to confirm the effectiveness of fungi in real environments, allowing for faster recovery of contaminated soils and benefiting both farmers and the environment. |
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