Diplomatas negros no Brasil (2019-2024): combate e disrupção na representatividade da política externa brasileira, ainda que não só
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Data
2024
Autores
Monteiro, Josimar Sebastião
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Resumo
O artigo examina as dissonâncias da política externa brasileira com os diplomatas negros. Ao inserir os novos diplomatas no contexto do Ministério das Relações Exteriores, por meio de promoções, remoções e derrogações na carreira ficou demonstrado a invisibilidade de diplomatas negros para a sociedade brasileira. Baseados em dados recentes, por meio de pesquisa entre os diplomatas encomendados pela ADB (Associação dos Diplomatas Brasileiros) e AMDB (Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras), que destacam ainda a abissal diferença entre os diplomatas. Recentemente, em 2024, o Guia de Estudos dos novos ingressantes do Instituto Rio Branco (IRBr), é revelador, ainda que não só. A assincronia entre o histórico de adesão do Brasil às Resoluções do Conselho de Direitos Humanos da ONU e a política interna da diplomacia racista sustentarão a problemática: terá
a diplomacia brasileira avançado na equiparação racial de seus quadros? Seria o cargo da carreira de diplomata alvo de crianças e adolescentes do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras? Essa pesquisa observou que a paridade ainda não chegou e está distante, ao mesmo tempo em que orquestra as discussões sobre o processo de invisibilidade da carreira para a sociedade civil.
Abstract
The article examines the dissonance between Brazilian foreign policy and black diplomats. The inclusion of new diplomats in the context of the Ministry of Foreign Affairs, through promotions, removals and career moves, has demonstrated the invisibility of black diplomats to Brazilian society. Based on recent data, through a survey of diplomats commissioned by the ADB (Association of Brazilian Diplomats) and AMDB (Association of Brazilian Women Diplomats), which also highlights the abysmal difference between diplomats. Recently, in 2024, the Study Guide for new entrants to the Rio Branco Institute (IRBr, by the acronym in Portuguese) is revealing, but not only. The asynchronybetween Brazil's history of adherence to the UN Human Rights Council Resolutions and the internal policy of racist diplomacy will support the question: has Brazilian diplomacy made progress in racially equalizing its staff? Is the position of diplomat a target for primary schoolchildren and adolescents in Brazilian public schools? This research will analyse the fact thatparity has not yet arrived and is a long way off, while at the same time orchestrating discussions about the process of the career's invisibility to civil society.
Descrição
Palavras-chave
diplomatas, educação pública, tratados internacionais, cotas
Citação
MONTEIRO, Josimar Sebastião. Diplomatas negros no Brasil (2019-2024): Combate e disrupção na representatividade da política externa brasileira, ainda que não só. EDUNILA. 2024