| dc.description.abstract | O setor de viagens e turismo trata-se de uma importante atividade socioeconômica capaz de gerar renda, emprego e transformações socialmente positivas a comunidades receptoras, em especial em regiões com baixa diversidade produtiva. Nos últimos anos consolidava-se como um setor em pleno crescimento, no entanto, apesar das boas perspectivas, em março de 2020, apresentou-se a pandemia de COVID-19, mudando completamente o futuro dessa importante atividade. De maneira acelerada, a doença superou fronteiras e avançou por todos os continentes, exigiu novas formas de convivência em sociedade a partir do distanciamento social e, em momentos mais críticos, o isolamento. Nesse contexto, o poder público utilizou-se de decretos instituindo o isolamento social e fechamento do comércio de bens não essenciais e serviços, dentre os quais a prática turística encontra-se englobada. Ao mesmo tempo, fecharam-se as fronteiras terrestres e restringiram-se entradas de estrangeiros via transporte aéreo. Foz do Iguaçu, como uma cidade de economia fortemente baseada no turismo, foi
drasticamente acometida pelos efeitos da grave crise sanitária e econômica, decorrente da pandemia. A diminuição no número de visitantes refletiu diretamente na
empregabilidade, renda da população e na arrecadação do município, exigindo ações do poder público, iniciativa privada e sociedade civil para mitigação dos efeitos negativos e
retomada da atividade. Sabendo disso, o processo de retomada do setor mostrou-se desafiador e exigiu o engajamento de todos os atores que formam o destino turístico, a
fim de constituir-se um vetor agregador de forças necessárias para o restabelecimento da atividade. Para este estudo considera-se o turismo como política social e indutor de
desenvolvimento local, cujo planejamento é integrado e participativo. Nesse sentido, o presente trabalho analisou as ações desenvolvidas pelo setor turístico de Foz do Iguaçu –
Paraná, para enfrentamento da crise e retomada da atividade turística do destino, pós-pandemia, entre os anos de 2020 a 2022, sob a perspectiva da gestão participativa e
integrada. Para tanto, utilizou-se de análises bibliográficas, documental, observação participativa e, sobretudo, entrevistas com atores sociais relacionados ao turismo local.
Concluiu-se que a participação se deu de forma parcial, em algumas etapas e não em todas as fases do processo. Ademais, em particular na avaliação das políticas, percebeuse a falta de instrumentos abalizadores que permitam um maior controle social sobre as práticas adotadas. | pt_BR |
