Gênero e Diversidade na Educação

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    Mulheres e literatura: trajetórias narrativas e a arte como contribuição crítica
    (2024) Lyra, Juliana Boretti
    A literatura escrita por mulheres, ao longo da história ocidental, enfrenta problemáticas enraizadas na estrutura do sistema capitalista que marginaliza e subestima suas vozes. Através da leitura de obras de autoras latino-americanas, foram desenvolvidas oficinas com objetivo de instigar a reflexão crítica sobre as formas de opressão e marginalização das mulheres, quase sempre naturalizadas na sociedade. Essas narrativas literárias exemplificam várias violências enraizadas nas relações de dominação patriarcal e pressupõem seu reconhecimento inicial e a discussão sobre essas questões. O desenvolvimento dessas oficinas, juntamente aos estudos de gênero, possibilitam uma reflexão sobre as dinâmicas de poder e opressão, contribuindo para a construção de uma consciência crítica sobre a experiência feminina e seu papel na sociedade contemporânea, visando sua superação. O escopo teórico utilizado fundamenta-se nas obras Desesterro (2017), de Sheyla Smanioto, Garota, mulher, outras (2020), de Bernardine Evaristo, Hospício é Deus (2015), de Maura Lopes Cançado, Saboroso Cadáver (2017), de Augustina Bazterrica e Chapada da Palma Roxa (2019), de Tereza Albues.
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    Tecendo a diversidade: um olhar crítico sobe as práticas das relações éticos-raciais em colégios municipais de Foz do Iguaçu/embasamento da Lei 10.639/03
    (2024) Lenz, Rosa Assanatú Baldé
    No presente artigo abordamos a aplicação da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas brasileiras, através de um projeto de intervenção realizado no ano de 2023 na UNILA – Universidade da Integração Latino Americana, onde me formei em e Foz do Iguaçu e que teve continuidade em dois colégios municipais da cidade de Foz do Iguaçu/PR. Em sua aplicação o projeto visa ampliar a compreensão dos alunos sobre a contribuição negra e africana na formação da sociedade brasileira, combater o racismo estrutural e valorizar a diversidade cultural. A pesquisa destaca a importância de descolonizar o currículo, as práticas educacionais e os lugares de poder a partir dos estudos da Professora Nilma Lino Gomes (2008). A prática de intervenção incluiu diversos autores contemporâneos que desafiam os paradigmas eurocêntricos no modelo educacional, além de abordar temas como diversidade cultural e gênero, incorporando ao debate em sala de aula experiências vividas por mulheres negras que residem em Foz do Iguaçu/PR. As considerações finais destacam a complexidade de trabalhar com relações étnico-raciais na sala de aula e a responsabilidade dos docentes na desconstrução de ideologias racistas.
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    Gênero e diversidade na educação: os saberes originários na comunidade Tekoha Ocoy
    (2024) Calil, Anderson Salim
    Nosso objetivo com o trabalho, “Gênero e diversidade na educação: os saberes originários na comunidade Tekoha Ocoy”, é organizar e destacar informações que possam aprimorar a compreensão dos pesquisadores em relação à diversidade sexual e de gênero, especialmente no que tange à comunidade Avá-Guarani de São Miguel do Iguaçu: no oeste do Paraná. Desse modo, detemo-nos nas correntes teóricas que fundamentam, a questão indígena. Sobretudo, das relações em gênero e diversidade na educação.
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    (Provoc)Ações cênicas como acolhimento - experimentações artísticas para a produção de pertencimento da população LGBTQIAPN+ em processos educativos.
    (2024) Corrêa, João Victor Concer
    Este trabalho reflete sobre a condição de não pertencimento da população LGBTQIAPN+ em situações educativas, que permeia, fomenta e produz diferenças e desigualdades. A partir de pensadores da educação a pesquisa se baseia em conceitos como educação libertadora de Paulo Freire, interseccionalidade e entusiasmo de bell hooks e a valoração da diferença de Letícia Nascimento, propondo a experiência de um arte educador e educando bissexual como metodologia. A experiência é fundamentada em experimentações artísticas de programas de performance cunhado pela artista Eleonora Fabião, onde corpos e sujeitos estarão imbricados no processo educativo, vinculados pela escuta atenta de si e dos corpos presentes no processo de educação, para serem realizados como acolhimento seja na sala de aula regular, ou nas mais diversas experiências educativas. A experimentação é fundamental nos espaços educativos como forma de validar a presença de corpos flexibilizando as normas educativas provocando a cisheteronormatividade presente como herança da escola.
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    Vivências de professores trans na rede municipal de ensino de foz do iguaçu - Fatores estressores e impactos na saúde mental.
    (2024) Garcia, Kácilla Arianne Sandoval da Silva
    Este trabalho apresenta relatos de professores trans da rede municipal de ensino de Foz do Iguaçu, descrevendo vivências negativas ou traumáticas e relacionando com a maneira conservadora que a temática de gênero e sexualidade são tratadas no ambiente escolar. Através de entrevista semiestruturada realizada com dois professores trans, busca-se identificar possíveis fatores estressores nas vivências relatadas e como microagressões e discriminações podem impactar na saúde mental desses profissionais. O trabalho também identifica momentos de acolhimento e apoio na busca pela superação deste cenário conservador e preconceituoso presente na sociedade e que permeia o espaço escolar. Através desde trabalho e da análise dos relatos, é possível perceber que ambiente escolar tem reproduzido e permitido situações que reforçam a perpetuação de estigmas, o que gera impacto negativo na saúde mental desses profissionais.
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    Inclusão da temática diversidade sexual na formação dos bacharéis em ciências biológicas e licenciados em ciências da natureza da Unila.
    (2024) Pereira, Luiz Henrique Garcia
    O tema da diversidade sexual tem ganhado destaque nas discussões sociais contemporâneas, especialmente no ambiente escolar, onde os professores de ciências e biologia desempenham um papel crucial. No entanto, como se dá a formação desses profissionais (bacharéis e licenciados) em relação a essa temática? Este trabalho teve como objetivo analisar a formação dos bacharéis em ciências biológicas e dos licenciados em ciências da natureza da UNILA sobre a diversidade sexual. Para isso, foram aplicadas duas abordagens: uma análise documental e uma intervenção com os discentes. Na análise documental, foram examinados três grupos de documentos que orientam essa formação: 1. a Base Nacional Curricular Comum e o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos; 2. as Diretrizes Curriculares para Formação de Professores da Educação Básica e de Ciências Biológicas; e 3. os Planos Pedagógicos dos Cursos de Licenciatura em Ciências da Natureza e Ciências Biológicas da UNILA. A intervenção teve como objetivo diagnosticar o nível de conhecimento e preparo dos discentes para trabalhar com a temática da diversidade sexual. As análises revelaram que essa temática não é abordada de maneira adequada, tanto na educação básica quanto na formação desses profissionais. Mesmo quando mencionados, os temas relacionados à diversidade se restringem, em sua maioria, ao contexto étnico-racial, enquanto a sexualidade humana é tratada de forma biologizante. Os dados da análise documental foram corroborados pelos resultados da intervenção, que evidenciaram a falta de conhecimento e preparo dos futuros profissionais das áreas biológicas em relação à sexualidade humana. Essa análise evidencia um abismo significativo entre os documentos oficiais do Governo e do Ministério da Educação e a real inserção da diversidade sexual no ensino e na formação de professores. Diante disso, torna-se urgente a revisão desses documentos para garantir a inclusão clara e objetiva da temática da diversidade sexual, promovendo uma educação mais inclusiva e respeitosa.
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    Dragame: oficina de montação no contexto da Unila.
    (2024) Moraes, Daniel Cardoso de Lima
    O presente artigo apresenta uma experiência de montação Drag Queen com alunos da graduação de Mediação Cultural da Universidade Federal da Integração Latino Americana. Para tanto, apresento um percurso teórico para discutir e conceituar performance e a arte Drag, buscando utilizar Schechner (2006) para a discussão sobre performance e Judith Butler (2003) para a discussão das questões de gênero e performatividade de gênero. A presente oficina foi realizada em três momentos, os dois primeiros sendo mais teóricos, com leituras de textos e discussão em sala de aula, e o terceiro com a atividade prática de montação, onde estudantes deveriam se maquiar e colocar adereços para a criação da sua personagem Drag.
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    Escuela y la Educacion Sexual
    (2021) Calcina Cama, Milagros Yessenia; Orientação
    El presente artículo contiene una discusión sobre la educación sexual y como esta es abarcada en el modelo educativo tradicional. Este estudio de caso se realizó en Perú, cuyo objetivo fue recoger información sobre las actitudes de los/las participantes y discursos de los/las estudiantes, desarrollando una investigación etnográfica de observación de participantes que da cuenta de las diferentes perspectivas de los/las adolescentes sobre la sexualidad. A sí mismo la investigación reflexiona la situación educativa actual que requiere de una educación sexual integral para disminuir la brecha de género ocasionada por los roles y estereotipos impuestos.
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    Reflexões sobre o sistema educacional e os/a adolescentes/jovens que cumprem medida socioeducativa em meio aberto na cidade de Foz do Iguaçu - Paraná
    (2021) Negri, Giane Franciele; Orientação
    Este artigo pretende realizar uma reflexão inicial a respeito da relação entre socioeducação e sistema educacional. A presente reflexão resulta de indagações surgidas a partir da experiência profissional como assistente social que compõe equipe técnica do Serviço de Proteção Social à adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto (MSE-MA) de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) em um CREAS, localizado em uma cidade de região de fronteira no interior do Paraná. A partir de revisão bibliográfica, levantamento de dados dos atendimentos e entrevista com a equipe técnica do referido serviço, sugere-se que tal relação encontra-se profundamente marcada por um distanciamento entre o que preconizam as normativas legais e o efetivo acesso ao direito à educação, enquanto direito humano.
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    Trajetória de Mulheres Negras para a Implementação da Lei Nº. 10.639/03
    (2021) Santana, Janaina; Souza, Angela
    Este artigo é fruto dos debates realizados no curso de Especialização em Gênero e Diversidade na Educação (2019) ofertado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana e Caribenha (UNILA) e tem como objetivo abordar a implementação da Lei nº 10.639/03 (BRASIL, 2003) numa ótica interseccional, ressaltando as práticas das educadoras negras como forma de resistência para a manutenção e aplicação de políticas de ações afirmativas voltadas para a educação. Sancionada em 2003, a Lei nº 10.639 foi estruturada pelo Movimento Negro e é resultante das ações de mulheres que atuaram não somente na criação e aprovação do projeto, mas também para a ressignificação da corporalidade na luta, pois como educadoras fazem do seu corpo presente em sala de aula ou espaços educacionais um canal de repensar práticas racistas e sexistas. Tendo essa participação como premissa, a presente pesquisa utiliza entrevistas realizadas com duas educadoras negras pertencentes ao Movimento Negro Unificado e à Rede de Mulheres Negras para destacar a importância da resistência para a implementação das Ações Afirmativas em todos os âmbitos, mas principalmente os voltados à educação.
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    Educação na Pandemia - Notas para uma perspectiva inclusiva
    (2021-08-16) Silva, Elora Marques Mendonça; Orientação
    Este trabalho surgiu com base na ideia de pesquisar como se deu o processo educativo para estudantes com deficiência durante a pandemia do novo Corona Vírus, que deu início em março de 2020. Uma das motivações em pensar a Educação se deu a partir do momento que me tornei desempregada e, em seguida, babá e professora particular de uma criança com síndrome de down. Nele eu relaciono as metodologias de ensino para estes estudantes com os conceitos políticos do direito de aparecer e a interdependência social de Judith Butler. Questiono também este entrelaço com o relato de experiência de um estudante da graduação em Ciências Sociais que conta, de forma sucinta, como tem sido sua experiência com a tecnologia necessária nesse novo modelo virtual de ensino. Dessa forma, meu objetivo foi observar o nosso contexto da educação para percebe-la como superfície ou não superfície de existência dos estudantes com deficiência em um momento atípico para discentes e docentes. Por fim, pode-se perceber que existem falhas que talvez foram ponderadas de forma histórica, tanto da educação quanto da pessoa com deficiência, mas que ainda assim, para a realidade de alguns alunos, a atenção e direito de aparecer têm sidos construídos neste campo virtual atual conforme a demanda.
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    Ser bicha e professor: uma análise autoetnográfica da condição sexual gay e a receptividade em contextos educacionais sendo assumidamente gay
    (2021-06-22) Silva, Deni Iuri Soares Candido da; Orientação
    Ser gay e ser assumidamente gay são vivências diferentes, e por serem contextualizadas de formas diferentes, automaticamente a recepção social gerada a partir desses contextos geram experiências distintas em cada sujeito. Considerando isso, no que diz respeito à metodologia, o presente artigo busca discutir por meio de uma autoetnografia as relações, consequências e inseguranças de um professor assumidamente gay em contextos educacionais. Sendo assim, o direcionamento teórico parte de Araruna (2018), e contextualiza-se por meio do queer guiado por Louro (2014). Dessa forma, busca-se evidenciar e compreender o percurso identitário de sujeitos subversivos no que diz respeito ao gênero e a sexualidade, e analisar as vivências LGBTQIAP+ nos espaços educacionais. Com isso, fica evidente que a escola além de um espaço de escolarização, também atua como um espaço de educação e acolhimento às diversidades.
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    A Interseccionalidade na Educação Inclusiva: Marcadores Sociais da Diferença
    (2021-06-09) Ramos, Leni Rodrigues; Orientação
    Existem diversas formas de opressões como “o sexismo, o classismo, capitalismo, xenofobia, bifobia, homofobia, a transfobia e as intolerâncias baseadas em crenças”, porém nesse artigo aprofundarei principalmente os estudos das desigualdades de gênero e raça que compõem um campo fértil para pensar a promoção de uma cultura de direitos humanos no interior da escola básica, através do reconhecimento da alteridade e da diversidade. Nesse sentido, a perspectiva da interseccionalidade contribui para esse reconhecimento na medida em que entende as categorias mulher/homem, feminino/masculino de forma plural e não fixa. Atualmente, muito se fala sobre as relações de gênero e raça em vários meios e principalmente nos espaços educacionais, porém o assunto ainda é abordado de forma evasiva, onde perguntas e respostas geralmente não são esclarecidas. A finalidade deste artigo é levantar algumas reflexões sobre a temática gênero e raça envolventes na comunidade educacional; de que forma essa comunidade vem lidando com tais questões. No ambiente educacional é corriqueiro depararmos com grupos de alunos praticando a violência que pode ser entendida como ações de agressão física, psicológica e social que são justificadas por relações desiguais de poder evidenciando-se o machismo, homofobia, bullying e racismo. Os problemas que ocorrem e que são vivenciados nos espaços educacionais envolvendo as questões de gênero, raça e as desigualdades, é um indicativo que nos leva a refletir do quão é necessário investir na construção de parâmetros éticos. Uma ética pautada pela noção de justiça social e que norteie tanto as relações sociais quanto a prática pedagógica.
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    Efeitos Psicológicos do Bullying aos Alunos LGBTS na Rede Escolar de Ensino no Nível Médio
    (2021-03-09) Grizorti, Wagner; Orientação
    Esta pesquisa visa oferecer compreensão e esclarecimento sobre os efeitos psicológicos; as causas cognitivas e afetivas que o bullying provoca e seus tipos de violência presentes no contexto escolar direcionado ao ensino médio. Foi realizada uma discussão crítica da literatura por meio de referência a quatro autores. Considerando autores específicos sobre o tema foram selecionados para análise, essas publicações foram lidas na íntegra e analisadas quanto à autoria, ano de publicação, participantes da pesquisa, instrumento utilizado para a coleta de dados e para descrição dos principais resultados, foco de análise e discussão sobre o tema. Os resultados indicam uma pesquisa crítica sobre os efeitos psicológicos do bullying no ensino médio no ambiente escolar. Pode-se destacar que esses autores, citados nesta pesquisa, promove um fasto conhecimento teórico de publicações sobre a dinâmica dos efeitos emocionais do bullying, embora haja diversos artigos com relatos de programas de intervenção antibullying na área educacional, vejo que este artigo pode destacar por meio de um analise critica um novo viés de conhecimento ao corpo estudantil.