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Navegando E-books por Assunto "Catolicismo"
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Item Catolicismo e escravidão: o discurso e a posse(EDUNILA, 2020) Souza, Ricardo Luiz deRicardo Luiz de Souza, em seu livro Catolicismo e Escravidão: o discurso e a posse, traz a público as tradições e contradições da Igreja Católica quanto ao processo de escravidão indígena e africana no Brasil e, mais amplamente, na América Latina. A fim de analisar o posicionamento desta Instituição ao longo dos séculos, o autor se aprofunda na literatura especializada, sobretudo nas obras de Gonzalo Fernandez de Oviedo, Juan Ginés de Sepúlveda, Francisco de Vitoria e Bartolomé de Las Casas. Os dois primeiros, defensores da escravidão indígena e, os dois últimos, críticos desta prática. A análise comparativa destes autores ajuda o leitor a esclarecer pontos importantes sobre o debate da escravatura na América colonial, especialmente em relação ao tratamento diferenciado dado aos indígenas e africanos em solo americano. Enquanto a escravidão indígena era, para alguns, considerada contrária aos preceitos cristãos, a exploração dos povos africanos, por vezes, era estimulada pelos mesmos autores. O livro é estruturado em três capítulos. No primeiro, “A escravidão Indígena na América Espanhola: Fundamentos de um Debate”, o escritor aborda os pontos-chave da bibliografia em questão. Já no segundo, “A Maldição, o Inferno e o Paraíso”, traça uma síntese do discurso católico sobre a escravidão, partindo dos textos bíblicos, passando pelo período medieval e pelo debate sobre o tráfico de escravos, chegando aos autores do período colonial. Aqui, são analisadas obras de Antonil, Padre Antônio Vieira, Jorge Benci, Nuno Marques Pereira e Azeredo Coutinho. O estudioso busca, então, mostrar as linhas de continuidade e as contradições presentes nesse discurso. E, finalmente, no último, “Batismo, Posse e Abolição”, são apresentados os rituais de conversão dos gentios, ou seja, o batismo, tal como foi praticado e visto pela Igreja. Ademais, Ricardo Luiz de Souza analisa ainda como se deu a posse de escravos por parte da Igreja enquanto durou a escravidão e como a Instituição se posicionou perante a abolição.