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Item Ainda somos intrusos? A sociedade na política externa de Argentina, Brasil e Uruguai(Edunila, 2023) Mesquita, Lucas RibeiroA proposta do livro é analisar quatro instituições participativas que partem da proposta de incluir a participação social na política externa brasileira, argentina e uruguaia, questionando se a participação da sociedade civil, a partir das iniciativas, seria indutora de mudança e de aperfeiçoamento democrático na representação da política externa. O argumento desenvolvido ao longo da obra é que as iniciativas tensionam o monopólio exclusivo da burocracia diplomática no processo de produção da política externa de integração e de direitos humanos, mas o tipo de mudança e a sua qualificação democrática, porém, estão diretamente ligadas ao desenho institucional adotado pela iniciativa participativa. Nesse sentido, a conclusão mais importante do trabalho é que a participação social não é condição suficiente para a democratização da política externa. A participação é elemento de mudança democrática quando é acompanhada de mecanismos de responsividade e de accountability.Item A Segunda Guerra Mundial e a Tríplice Fronteira: a vigilância aos “súditos do Eixo” alemães e italianos(EDUNILA, 2021) Silva, Micael Alvino daComo o fenômeno global da Segunda Guerra Mundial impactou na então remota tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai? O livro A Segunda Guerra Mundial e a Tríplice Fronteira – A vigilância aos “súditos do eixo” alemães e italianos pretende apresentar uma resposta baseada em uma pesquisa histórica que perpassa toda a experiência acadêmica do autor, o professor de História das Relações Internacionais na UNILA, Micael Alvino da Silva. Quando o Brasil declarou guerra ao Eixo, em janeiro de 1942, intensificou-se o movimento de vigilância aos “súditos do Eixo”, como eram chamados os alemães, italianos e descendentes. O autor se esforça para contextualizar esse movimento como algo que ocorreu na Europa, nos Estados Unidos e nas grandes cidades do Brasil, sem perder de vista a dimensão local. A onipresença do nazismo chegou até mesmo a lugares como a então decadente região da Tríplice Fronteira. Além de apresentar o contexto histórico global, americano e brasileiro, no livro são descritas duas frentes de vigilância aos alemães e italianos locais: a identificação de possíveis subversivos e o afastamento de pessoas da fronteira internacional do Estado do Paraná. No enfrentamento aos subversivos, destacam-se as prisões de Emil Mohrhoff e do padre Manoel Koenner. Na outra frente, cerca de 80 famílias foram obrigadas a deixar suas residências sob a justificativa de representarem potencialmente uma ameaça à segurança nacional e continental. Este é um livro sobre eventos internacionais e decisões políticas que impactaram a vida de algumas dezenas de famílias. Nesse sentido, é uma “história conectada” que articula as dimensões local e global. É também uma história de uma região internacional, sobre um período muito diferente do que se tornaria a partir dos anos 1970. É também uma história da Tríplice Fronteira na década de 1940.