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Item Na terra dos lírios azuis: literatura e colonialismo no sul da África(Edunila, 2023) Ruthieri da Silva, EvanderEste livro trata de questões referentes à porção sul do continente africano nos romances de aventura do escritor inglês H. Rider Haggard, analisando suas conexões com os embates políticos relacionados ao processo de invasão e exploração colonial nos territórios que viriam a constituir a África do Sul mais tarde. Na primeira parte, a obra discute a trajetória intelectual do romancista, conectando-a com a experiência colonial e os conflitos pela terra na África Austral. Por conseguinte, a segunda parte está concentrada no estudo das representações literárias presentes em quatro romances de aventura ambientados na região, os quais construíram um imaginário específico da conquista colonial. Dessa forma, adotando uma abordagem histórica e dialogando especialmente com a história política e social da cultura, o livro se dedica à análise das relações entre literatura, colonialismo e racismo. São problematizados, sobretudo, o imaginário político construído nos romances de aventura e a idealização da sociedade colonial no sul da África no final do século XIX, fundamentada na formação de uma elite branca e na exploração de terras e mão de obra africana.Item Territórios, Cidades e Identidades Africanas em Movimento(Edunila, 2023) Moassab, Andréia (org.); Berthet, Marina (org.)Escolhemos, portanto, tratar o tema territórios, cidades e identidades a partir de um enquadramento teórico-crítico da modernidade entrelaçado com a ideia de urbanidade na África. Odair Barros-Varela, no capítulo 1, propõe uma perspectiva pós-colonial crítica sobre a modernidade para pensar a África hoje. Nesta mesma ótica, Cabo Verde é o estudo de caso para Victor Barros explorar questões seminais sobre identidades políticas no continente africano, profundamente imbricadas nas tensões entre o regime colonial e a construção da nação independente. Outras três autoras analisam aspectos gerais relacionados à questão do espaço e do território, Andréia Moassab, Céline Veríssimo e Marina Berthet, em Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe. A ideia de movimento e dinamismo, que perpassa a maioria dos capítulos, será privilegiada por Redy Lima, Alain Kaly e Fernando Rosa Ribeiro nos capítulos que apresentam aspectos das identidades e das dinâmicas de cidades africanas como Praia, em Cabo Verde; Saint Louis, no Senegal; e Cidade do Cabo, na África do Sul, e sua relação com Malaca, na Malásia. Coroa a publicação o artista visual cabo-verdiano César Schofield Cardoso, que cede gentilmente seu trabalho para a capa. Sua investigação atual está preocupada com a condição de Cabo Verde, um país pequeno e extremamente vulnerável a fatores ambientais, sociais, políticos e econômicos. Por esta razão, Cardoso vem explorando ferramentas digitais e o espaço web como um canal, uma linguagem e uma metáfora a tratar da produção do espaço e do território inteligadas às [in]justiças sociais, reivindicando a arte como espaço de discurso público ao questionar identidades, narrativas e políticas de memória