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Navegando UNILA | Biblioteca Digital de Dissertações e Teses por Assunto "abelhas"
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Item Áreas de endemismo de abelhas das orquídeas (hymenoptera: apidae: euglossini) na região neotropical(2025-05-26) Bonfim, Erica AmandaÁreas de endemismo (AE) são centrais para a biogeografia histórica e ecológica, assim como para estudos em conservação. As AEs são regiões em que duas ou mais espécies ocorrem e não são encontradas em nenhuma outra região. A tribo Euglossini Latreille 1802, também chamada de abelhas das orquídeas, compreende um grupo monofilético de abelhas neotropicais, composto por cinco gêneros e cerca de 200 espécies que apresentam forte associação com ambientes florestais. O objetivo desse trabalho foi delimitar áreas de endemismo para tribo na região Neotropical. Os dados de ocorrência geográfica das espécies foram coletados de bases de dados abertas e organizados em tabelas. Foram executadas análises de endemicidade (NDM/VNDM) com tamanhos diferentes de quadrículas (A = 3° e B = 4°) e as áreas de endemismo agrupadas pelo consenso estrito (50% de semelhança entre as espécies). Os conjuntos de áreas de endemismos foram estatisticamente comparados (medida-V) com quatro propostas de regionalização. O conjunto de dados analisados compreendeu 4.317 registros sem duplicidade de 185 espécies. Foram identificadas 11 áreas de endemismo na análise A e 19 áreas na análise B. Ambos os conjuntos consensuais das áreas de endemismo (A e B) apresentaram melhor ajuste global com as áreas apresentadas por Ramírez et al (2010), sendo a análise B (maior quadrícula) a de melhor ajuste. No ajuste local, a análise B melhor se ajustou com as áreas de endemismo Panamá+Chocó, Bacia Amazônica e Floresta Atlântica. Ademais, resultado das análises A e B mostraram fraco ajuste local à área de endemismo dos Andes e não identificaram nenhuma área de endemismo na extensão geográfica do Corredor Paraguaio, porção sudoeste entre a Bacia Amazônica e Floresta Atlântica.Item Padrões de diversidade de abelhas na Mata Atlântica e sua relação com a heterogeneidade ambiental(2025-06-11) Antonio, Anderson IgomarA Mata Atlântica abrange uma ampla gama de gradientes ambientais e geográficos, sendo um bioma de alto endemismo e diversidade de espécies, incluído as abelhas. A heterogeneidade ambiental, por sua vez, é um fator determinante para a diversidade, pois ambientes com maior heterogeneidade de ambientes tendem a apresentar maior variedade de condições ambientais, suportando assim, maior diversidade de espécies. Na Mata Atlântica, embora existam estudos sobre padrões de diversidade de animais e plantas, ainda existe uma lacuna a respeito aos fatores que afetam os padrões de diversidade de abelhas em larga escala. Neste estudo, tivemos como objetivo descrever os padrões de diversidade de abelhas na Mata Atlântica e investigar como os diferentes componentes da heterogeneidade ambiental influenciam na riqueza de espécies tanto na Mata Atlântica como em cada ecorregião. Para isso, modelamos a distribuição de 564 espécies de abelhas e posteriormente, com base a somatória dos modelos de distribuição, estimamos a riqueza de espécies. As variáveis de heterogeneidade ambiental analisadas foram sazonalidade de temperatura, heterogeneidade topográfica, heterogeneidade geomórfica e riqueza hídrica. A relações entre a riqueza de espécies de abelhas e as variáveis de heterogeneidade ambiental foram analisadas utilizando Modelos Lineares Generalizados e filtros espaciais baseados em vetores próprios para corrigir a falta de independência espacial dos resíduos. Evidenciamos que a maior riqueza de espécies se encontra na região sudoeste e sul da Mata Atlântica principalmente em áreas de relevo. As variáveis mais importantes para a riqueza de espécies foram a sazonalidade da temperatura e a heterogeneidade topográfica e geomórfica, tendo todas uma relação positiva com a riqueza de espécies. Ao nível das ecorregiões, a sazonalidade de temperatura foi a variável mais importante para nove das 11 ecorregiões, seguida da heterogeneidade topográfica. No entanto, essa relação das variáveis com a riqueza de espécies foi diferente entre as ecorregiões, evidenciando a não-estacionariedade espacial. A ecorregião de Florestas Costeiras da Serra do Mar, apresentou maior riqueza, contudo, as variáveis de heterogeneidade ambiental tiveram baixo poder explicativo. Isso sugere que outros fatores determinantes de diversidade possam ser responsáveis por esse padrão local. Notavelmente, as relações entre as variáveis de heterogeneidade ambiental e a riqueza de espécies variaram entre as ecorregiões. Isso reforça a necessidade de estudar os padrões de diversidade em várias escalas para destacar as nuances de cada ecorregião.Item Padrões de diversidade, visitantes florais e conservação das abelhas sem ferrão (Apidae: Meliponini) da Amazônia Legal.(2024) Soares, Iracy Maiany NunesA Amazônia Legal, uma das regiões mais biodiversas do planeta, enfrenta grandes desafios para a conservação de sua fauna e flora. As abelhas sem ferrão (Meliponini) desempenham um papel crucial na polinização de ecossistemas naturais e cultivos agrícolas. O estudo teve como objetivo I) estimar a distribuição e diversidade dos meliponíneos na Amazônia Legal, II) avaliar o número de espécies dos meliponíneos registrados como visitantes florais e o número de plantas que elas visitam, III) avaliar o grau de representatividade das abelhas sem ferrão dentro das áreas protegidas e investigar a influência do habitat remanescente em suas distribuições. Encontramos que das 169 espécies de meliponíneos nativas da Amazonia Legal, 88% são visitantes florais de 270 espécies de plantas, muitas delas de importância econômica. Tetragonisca angustula (Latreille, 1811), Trigona spinipes (Fabricius, 1793), Tetragona clavipes (Fabricius, 1804) e Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier, 1836), tiveram o maior número de interações com plantas. Das plantas mais visitadas incluíram Euterpe oleracea, Syzygium malaccense e Bertholletia excelsa. A representatividade dos meliponíneos dentro das áreas protegidas foi de 37%, e para os visitantes florais, 39%. As áreas com maior riqueza de espécies ocorreram ao longo dos grandes rios da bacia , maioritariamente fora das áreas protegidas. As regiões com menor habitat remanescente se encontram nas regiões de menor riqueza de espécies localizadas no "Arco do Desmatamento". Ainda que as áreas mais ricas estejam fora da rede de áreas protegidas, estas estão longe de regiões com alta perda de hábitat. Portanto, é crucial expandir e reavaliar as áreas protegidas, considerando também as regiões mais vulneráveis, para assegurar a conservação eficiente dos meliponíneos e a continuidade dos serviços ecossistêmicos que eles fornecem.