A presente pesquisa reivindica a categoria política-cultural de Amefricanidade, formulada pela filósofa e antropóloga brasileira Lélia Gonzalez nos anos de 1980, como um caminho possível para a reontologia de sujeitos em Améfrica Ladina. Para isso, propõe-se a necessidade de um reconhecimento das origens africanas e pindorâmicas neste território, a partir de uma travessia em Kemet com a filosofia africana antiga, para nutrir-se de uma herança ancestral e estabelecer-se para além das múltiplas violências operadas pelo colonialismo. Defende-se, portanto, que o conceito de Amefricanidade possui condições efetivas para a autonomeação e a construção de sujeitos que possuem sua subjetividade e identidade necrosadas pelo aniquilamento racial. Como percurso metodológico, opta-se pela pesquisa bibliográfica afroreferenciada.