A demanda de alimentos fritos ou pré-fritos, vêm aumentando bastante nessa última
década, uma vez que estes são vistos como uma das maneiras mais rápidas de preparo de
certos alimentos. Então, com essa mudança de hábitos alimentares, vem crescendo
significativamente o volume de óleo residual vindo do processo de frituras. E esses
resíduos, quando são descartados inadequadamente, representam grandes riscos de
contaminação para a água e o solo. Devido aos danos que o óleo residual pode causar no
meio ambiente, têm sido desenvolvidas pesquisas por mecanismos ou processos que
diminuam e evitem poluição e contaminação dos recursos naturais. Assim, este presente
trabalho tem como objetivo avaliar o impacto do óleo residual de fritura sobre o meio
ambiente e, em contrapartida, a sua valorização por meio do seu reaproveitamento ou sua
reciclagem. A metodologia foi baseada em um levantamento bibliográfico em que foram
selecionados trabalhos que abordaram os impactos ambientais do óleo residual e aqueles
que utilizam biodiesel como modo de reaproveitamento, empregando o processo de
transesterificação metílica em meio básico. Considerou-se uma mini-usina de biodiesel
com capacidade de produção de 20000L/mês. A partir dos resultados obtidos verificou-se
que o investimento necessário para montar uma mini-usina com capacidade de
240000L/mês é em torno $94500. Este valor de investimento apresenta-se como uma
proposta economicamente viável com um tempo de retorno (Payback) aproximadamente a
3,4 anos. Além de economicamente viável, a mini-usina é considerada como um ganho
ambiental também, pois trata-se de um processo sustentável onde será retirado de
circulação um resíduo altamente poluente.