O Movimento Hip Hop, nascido nos bairros negros das grandes cidades estadunidenses, como
Nova Iorque, Chicago e Los Angeles nas décadas de 1960 e 1970, constitui uma resposta a
violência urbana a qual foram submetidas às populações afrodescendentes e hispânicas. O
movimento se tornou uma forma de contestação das desigualdades sociais e se espalhou
“pelas periferias do mundo, numa relação estreita e essencial com cada lugar no qual se
desenvolveu” (MOASSAB, 2011: 48). Dentre essas periferias encontram-se as cidades latino-
americanas, resultantes do domínio colonial racista, machista, classista e heterocentrado
europeu, espaços que produzem e reproduzem relações de poder e processos que deveriam
ter sido apagados, assimilados ou superados pela modernidade (QUIJANO, 2005; BALLESTRIN,
2013a)