TCC - Ciências Biológicas - Ecologia e Biodiversidade
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ILACVN - Centro Interdisciplinar de Ciências da Vida - Bacharelado em Ciências Biológicas
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Navegando TCC - Ciências Biológicas - Ecologia e Biodiversidade por Autor "Adami, Samuel Fernando"
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Item Efeito do uso da terra sobre o estoque de carbono orgânico e atributos do solo na microrregião de Foz do Iguaçu(2017-12-13) Neves, Betânia Cristina; Adami, Samuel Fernando; Vendruscolo, Giovana SecrettiO rápido acúmulo do dióxido de carbono na atmosfera causado pelas ações humanas tem sido apontado como o principal responsável pelo efeito estufa, por isso, a eficiência do ciclo desse elemento entre os diferentes ecossistemas terrestres e a conservação dos seus estoques naturais estão entre os principais temas discutidos na atualidade. O solo possui o maior estoque de carbono da biosfera e é fundamental para a manutenção do ciclo desse elemento, por isso, qualquer tipo de alteração no manejo do solo pode afetar propriedades físicas e químicas que estão diretamente relacionadas com a capacidade de armazenamento de carbono pelo mesmo. As principais propriedades do solo a sofrerem com a alteração do uso da terra e a afetarem o estoque de carbono são: densidade aparente do solo (DA), capacidade de troca de cátions (CTC), capacidade de saturação por bases (V), pH, porcentagem de argila (ARGI) e o teor de carbono (COS). A densidade é influenciada pela quantidade de matéria orgânica presente no solo, pois esta age como um condicionador biofísico que recupera a porosidade, dessa maneira, um solo com alta densidade indica uma menor concentração de matéria orgânica e por consequência, menor entrada de carbono. A capacidade de troca de cátions representa a quantidade de nutrientes que estão sendo liberados pela matéria orgânica morta do solo e funciona como um tampão, tornando o solo mais resistente a qualquer mudança do pH e perda de nutrientes ou carbono. A porcentagem de argila presente no solo indica a capacidade de retenção de carbono pelo substrato. A capacidade de saturação por bases representa a quantidade de nutrientes retidos pelo solo durante o processo de decomposição da matéria orgânica, sendo portanto, uma medida indireta da fertilidade do mesmo. Dessa maneira, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o impacto do uso da terra sobre o estoque de carbono e principais propriedades físicas e químicas do solo, da microrregião de Foz do Iguaçu que está formada por um mosaico de usos das terras e que possui sob o seu domínio o maior fragmento em conservação do Bioma da Mata Atlântica, o Parque Nacional do Iguaçu. Para tanto, este estudo envolveu seis tratamentos, incluindo uma floresta primária (Parque Nacional do Iguaçu), Remanescente florestal, Regeneração florestal, Monocultura e Pastagem. Os solos foram amostrados nos perfis 0-20 e 20-40 cm e as variáveis investigadas foram a DA, a CTC, a V, o pH, a ARGI e teor e estoque de COS. Assim como observado por outros autores houve uma maior densidade do solo nos tratamentos de rotação de soja/milho e Pastagem em ambos os perfis amostrados (p<0,05) e a borda da floresta teve o maior teor e estoque de carbono em ambos os perfis analisados (p<0,05). A Regeneração florestal foi o segundo tratamento a possuir a maior quantidade de carbono do solo do perfil 20-40 cm (p<0,05). A Pastagem e o interior da floresta tiveram o menor teor e estoque de carbono observados nos perfis 0-20 e 20-40 cm, respectivamente. A capacidade de troca de cátions, pH, densidade aparente e saturação por bases apresentaram uma maior relação com os tratamentos florestais no pefis 0-20 e 20-40 cm. Ao final deste trabalho, foi possível concluir que os diferentes usos das terras têm influênciado negativamente a densidade, o teor e o estoque de carbono orgânico do solo da microrregião de Foz do Iguaçu. Isso reflete a menor capacidade de armazenamento de carbono por ambientes alterados pelo homem, evidenciando a necessidade da conservação de ambientes de florestas naturais para a manutenção do ciclo e do estoque desse elemento na terra.Item Relações Florísticas e Fisionômicas entre fragmentos de florestas estacionais da América do Sul Subtropical Cisandina(2017-07-20) Almeida, Jhonatan de; Vendruscolo, Giovana Secretti; Adami, Samuel FernandoEste trabalho tem como objetivos: identificar a dinâmica sazonal anual da deciduidade foliar em fragmentos de floresta estacional, com base no Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN); comparar floristicamente fragmentos de floresta estacional da América do Sul Subtropical Cisandina; e avaliar a relação entre as mudanças no IVDN e a riqueza de espécies decíduas em fragmentos de floresta estacional. Para isto, foram selecionados 19 fragmentos de floresta estacional da América do Sul Subtropical Cisandina e realizada análise do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN), para 10 anos. A partir dos valores de IVDN foram calculados médias, desvio padrão, diferença entre estações e diferença dentro de cada estação entre os fragmentos. Para a análise florística foram utilizadas as listas de espécies constantes nos artigos referentes a cada fragmento estudado. Análises multivariadas foram geradas para gerar gradientes entre os fragmentos, comparando classes de IVDN e florística. Para análise de correlação foram utilizados os valores médios de IVDN e a riqueza de espécies caducifólias, com a correlação de Pearson, seguido de um teste t, para verificar se o resultado da correlação foi estatisticamente significativo. A primeira análise de ordenação demonstrou a estacionalidade dos fragmentos estudados, com a formação de dois grupos, segundo a estação do ano. Foram identificados três grupos com relação a diferença de IVDN entre o verão e inverno para os fragmentos: maior perda de folhas; intermediário; e menor perda de folhas no inverno. Essa perda de folhas possivelmente tenha sido causada por características climáticas concomitante a topografia e características de solo. Na análise florística foi encontrado um gradiente latitudinal e a formação de quatro grupos, sendo esses grupos formado por fragmentos próximos geograficamente, o que sugere que a proximidade geográfica entre esses grupos é um dos principais fatores que os torna floristicamente similares. Na análise de correlação foi encontrada uma correlação positiva, mas fraca e não significativa, entre riqueza de espécies e valores médios de IVDN, demonstrando que possivelmente a riqueza de espécies caducifólia não seja a principal variável correlacionada com IVDN, podendo a produtividade e/ou abundância de espécies ter mais importância na correlação com o IVDN.