BDTCC1 - Graduação
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando BDTCC1 - Graduação por Autor "Acevedo, Liz Melissa Dionisio"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Levantamento florístico de epífitas vasculares e forófitos do Parque Ecológico Domingos Zanette, Santa Terezinha de Itaipu, Paraná, Brasil(2025-09-04) Acevedo, Liz Melissa DionisioOs remanescentes florestais urbanos são essenciais para a qualidade de vida e ambiental, atuando como corredores ecológicos, filtros naturais de poluentes nocivos e espaços com funções educativas e sociais. A arborização de áreas verdes urbanas deve priorizar espécies nativas, que favorecem o estabelecimento de epífitas nativas. O epifitismo, em associação com os forófitos, contribui para a diversidade da fauna e flora, ao criar microclimas e abrigo para diferentes organismos. O objetivo do estudo foi identificar as espécies de epífitas vasculares e de seus respectivos forófitos do Parque Ecológico Domingos Zanette em Santa Terezinha de Itaipu, analisando as interações ecológicas entre os grupos e sua relevância para a manutenção da biodiversidade em áreas verdes urbanas. As coletas foram mensais, de dezembro de 2023 à dezembro de 2024. Tanto as epífitas como os forófitos foram coletados, herborizados, identificados, e incluídos no Herbário Evaldo Buttura (EVB). Foram registradas 17 espécies de epífitas, distribuídas em 14 gêneros e seis famílias, com destaque para Bromeliaceae e Cactaceae, que juntas representaram 52% da riqueza registrada. A maioria das espécies identificadas são Angiospermas (82,35%) e holoepífitas verdadeiras (58,82%). Predominou a dispersão endozoocórica (52,94%) e a polinização entomófila (71,42%). A maioria das epífitas registradas são nativas (88,23%), enquanto apenas 11,76% são exóticas (Dendrobium nobile e Epipremnum aureum), introduzidas por ação humana, sinalizando a importância da educação ambiental como ferramenta para conscientizar a população sobre os impactos da introdução de espécies não nativas. As epífitas mais frequentes nas espécies forofíticas, foram: Pleopeltis pleopeltifolia (77,55%) e P. minima (63,26%), reforçando os aspectos generalistas das mesmas. Foram identificadas 49 espécies forofíticas, pertencentes a 44 gêneros e 19 famílias, sendo Fabaceae a família mais representativa (24,48%). A maioria dos forófitos é composta por espécies nativas (65,30%), e 34,69% são exóticos. Quanto à polinização, destacou-se a zoofilia (97,95%) e, na dispersão, a zoocoria (46,92%). Dentre os forófitos nativos, com maior riqueza epífita, destacaram-se: Luehea divaricata (70,58%), seguida por Parapiptadenia rigida e Peltophorum dubium (58,82% cada). Entre os exóticos: Ligustrum lucidum (41,17%) e Grevillea robusta (35,29%). A riqueza epífita registrada nos forófitos mostrou a preferência por ritidoma rugoso, além de salientar que forófitos exóticos possuem potencial para influenciar a estrutura das comunidades epifíticas. Foram observadas podas inadequadas na área de estudo, reforçando a importância da implementação de estratégias apropriadas de manejo ambiental. Como um dos primeiros levantamentos florísticos do município, os dados obtidos contribuem para o reconhecimento do valor ecológico das epífitas e dos forófitos, além de apoiar ações de conservação e preservação da biodiversidade local e regional.