IV Encontro de Iniciação Científica da Unila “UNILA 5 anos: Integração em Ciência, Tecnologia e Cultura na Tríplice Fronteira”
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Navegando IV Encontro de Iniciação Científica da Unila “UNILA 5 anos: Integração em Ciência, Tecnologia e Cultura na Tríplice Fronteira” por Autor "Aquino, Silvia Lima de"
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Item Analisando as trajetórias migratórias de agricultures brasileiros em direção ao Paraguai e seu retorno ao Brasil(2015-12) Alvarez, Eliana Jackeline; Aquino, Silvia Lima de; Daniel, CamilaO presente trabalho faz parte da pesquisa “Entre partir e voltar: uma análise das migrações de saída de agricultores brasileiros para o Paraguai e de retorno dos brasiguaios ao Brasil”. O plano de trabalho que se expõe neste resumo tem como objetivo analisar a trajetória migratória de agricultores brasileiros em direção ao campo no Paraguai e seu retorno ao campo no Brasil, a partir do ingresso em acampamentos e assentamentos de reforma agrária, tendo em vista a percepção dos próprios atores sobre este aspecto. As informações para fundamentar este trabalho foram colhidas a partir de: 1) pesquisa bibliográfica a respeito da temática da pesquisa; 2) observação participante e aplicação de 12 entrevistas semiestruturadas com os agricultores brasiguaios que vivem e trabalham no Pré-assentamento Nelson Mandela, localizado no Lindoeste, pertencente a região Oeste-PR, entre maio e setembro de 2015. O Pré-assentamento possui 34 famílias, cuja maioria é originaria dos três estados do sul do Brasil, tendo também vivido no campo paraguaio antes do retorno ao Brasil. A escolha da área justifica-se por se configurar em um pré-assentamento cuja maioria dos agricultores teve uma experiência de vida e trabalho no Paraguai, antes de decidir retornar ao pais. Nesse contexto, o estudo dedica especial atenção as abordagens teóricas sobre a ideia de trajetória expostas por Bourdieu, as motivações que impulsionaram esses deslocamentos, e as redes de migração que favorecem estes processos migratórios, ressaltando neste ponto, a importância da frente de massa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra - MST como um exemplo de rede de migração a qual foi indispensável no retorno dos agricultores brasileiros do Paraguai ao Brasil. Com a pesquisa percebemos que motivação principal para a saída dos agricultores brasileiros ao Paraguai é a procura pela terra. Nessa motivação o fator principal é manter sua condição de agricultor, lavrar a terra, plantar e viver melhor. A experiência destes agricultores pode se conceber como uma migração que não foi bem-sucedida, que não conseguiu atingir sua principal motivação e que os levou a passar maiores dificuldades que no pais de origem. A má experiência deste processo de migração nos permite, ressaltar a importância das redes migratórias nos deslocamentos, neste caso na migração de retorno. Assim a frente de massa do MST constitui-se numa rede de migração muito importante para esses agricultores que decidiram voltar ao Brasil, ao mesmo tempo, ela é uma frente de massa estratégica para inserir aos agricultores na luta pela terra. Agradecemos al programa de PIBIC / UNILA pela bolsa concedida para este trabalho, a qual foi indispensável para o desenvolvimento da pesquisa.Item Reflexões sobre o processo de construção e reconstrução de identidades nas migrações Brasil-Paraguai-Brasil empreendidas por pequenos agricultores brasileiros(2015-11) Pineda Gomezcoello, Jíssica Fernanda; Aquino, Silvia Lima de; Daniel, CamilaEsta pesquisa faz parte do projeto maior intitulado: “Entre partir e voltar: uma análise das migrações de saída de agricultores brasileiros para o Paraguai e de retorno dos brasiguaios ao Brasil”. Dentro deste projeto, o presente plano de trabalho teve como objetivo refletir sobre a construção e reconstrução das identidades dos agricultores brasileiros após migrarem ao Paraguai e retornarem ao Brasil, com a entrada em um acampamento de agricultores sem terra, a partir da análise dos relatos dos próprios agricultores. Para, isso primeiro fizemos um estudo teórico sobre categorias como migração e identidade, a partir de autores como Sayad (1998), Hall (1992), Colognese (2012). Também estudamos os contextos brasileiro e paraguaio que favoreceram os deslocamentos destas pessoas, por meio de autores como Souchaud (1998) e Albuquerque (2005). Os relatos dos agricultores foram colhidos através da aplicação de entrevistas semiestruturadas aos agricultores do Pré-Assentamento Nelson Mandela, localizado em Lindoeste-PR. Com as entrevistas procuramos entender como os agricultores se percebem e se identificam (brasileiro, paraguaio, brasiguaio), após terem deixado suas terras. Assim, procuramos 1) compreender as transformações após as migrações Brasil-Paraguai-Brasil, na forma como estas pessoas se identificam e, 2) o que significa para os agricultores o termo brasiguaio.. Como principais resultados encontrados destacamos: a defesa pelos agricultores entrevistados, da identidade brasileira sobre a identidade paraguaia, mesmo que a pessoa tenha morado no Paraguai Percebemos também que o termo brasiguaio, para os entrevistados, é algo provisório e que depende do espaço e tempo em que se encontra a pessoa. Assim como também observamos que os brasileiros que migraram ao campo no Paraguai ficaram em colônias brasileiras, de modo que não sentiram a necessidade de se integrar, ou conhecer mais a fundo a cultura do outro. Nas colônias brasileiras os agricultores reproduziam os próprios costumes, cultura. O idioma, por exemplo, foi o um dos aspectos que demarcava para os entrevistados, a identidade paraguaia, que era definida pelo guarani, que a maioria dos migrantes brasileiros não sabiam falar.. Essas são breves observações sobre a nossa pesquisa, que continua, pois servirá para o trabalho de conclusão de curso. Agradecemos à Fundação Araucária pela bolsa de iniciação científica concedida.