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Submissões Recentes
O Brasil no cenário internacional pós-independência: desafios e estratégias diplomáticas na primeira década da monarquia
(2024) Gonçalves, Darilêde Oliveira Lima
Esta pesquisa tem como objetivo valorizar a importância do reconhecimento nacional e internacional do Brasil durante o primeiro reinado, debruçaremos em discussões sobre os aspectos históricos, políticos e diplomáticos que influenciaram as relações do Brasil com outras nações, bem como os desafios e conflitos enfrentados no contexto da época como o reconhecimento da soberania brasileira pelos Estados Unidos e Inglaterra, também abordaremos, a relevância das relações comerciais para a diplomacia e economia do Brasil Imperial. A busca pelo reconhecimento internacional foi um dos maiores desafios do Brasil recém-independente, destacando-se pelo o cenário internacional da época, embora marcado por conflitos e reconfigurações geopolíticas, o reconhecimento internacional foi fundamental para a consolidação do Estado brasileiro. Esse processo foi marcado por diversas dificuldades e negociações. Apresentaremos nesta pesquisa um estudo bibliográfico que visa analisar desafio do reconhecimento das relações nacionais e internacionais do Brasil nos primeiros anos da monarquia, abordando os fatores que levaram à independência do Brasil destacando a importância de D. Pedro I nesse processo e os principais desafios encontrado para o reconhecimento da nova nação independente, razões pelas quais outras nações hesitaram em reconhecer a independência e suas posições em relação ao Brasil, identificar quais narrativas históricas impactaram diretamente o governo em seu primeiro reinado que tinha como monarca D. Pedro l, monarca este que esteve superando desafios e as consequências do reconhecimento na avaliação dos impactos internacionais e na consolidação do Estado Brasileiro nas suas implicações do reconhecimento perante as relações econômicas e políticas. Buscaremos identificar a como se deu a sua conservação, desenvolvimento, seu engajamento político e econômico em suas relações internas e externas, junto as narrativas em uma revisão bibliográfica dialogando com autores como Amado Luiz Cervo, Clodoaldo Bueno, Igor Moreira Moraes, Boris Fausto, dentre outros teóricos.
A nova geopolítica do Brasil: análise das implicações da expansão do BRICS nas relações exteriores e na política econômica brasileira
(2024) Silva, Rodrigo Ramos
Este artigo analisa os motivações e impactos da expansão do BRICS na política externa e nas relações econômicas do Brasil. O surgimento do bloco como um contraponto ao Grupo dos sete (G7), tem sido objeto de muita atenção e debate, pois as relações de poder estão sofrendo transformações significativas. Para o Brasil, a expansão do BRICS representa um leque de oportunidades, com acentuadas ressalvas. O bloco, diverso em sua composição, em caráter político, econômico, social e cultural, além das questões geográficas, que o distinguem dos demais blocos já consolidados, oferece oportunidades de diversificação de parcerias comerciais, acesso a novos mercados e maior influência política. A hegemonia dos Estados Unidos não se configura como no pós-guerra fria, embora sua dominância seja incontestável, hoje vivemos em um mundo multipolar setorialmente. No entanto, a ascensão de novas potências dentro do grupo e as crescentes tensões geopolíticas entre o BRICS e o Ocidente exigem do Brasil mais pragmatismo. Em termos econômicos, a expansão pode impulsionar o comércio e os investimentos e exportações do Brasil com os novos membros, e suas possíveis conexões com o Mercado comum do Sul (MERCOSUL), mas também traz o desafio da crescente concorrência, especialmente em relação a China e Índia. O artigo adota uma metodologia predominantemente qualitativa, baseada na análise de documentos oficiais, discursos de autoridades, artigos acadêmicos e notícias relevantes. Conclui-se que o Brasil precisa se preparar para os desafios e oportunidades que a expansão do BRICS apresenta, adotando uma estratégia proativa e o investimento em áreas estratégicas.
Entre a educação para as relações étnico-taciais e Antonieta de Barros: caminhos para a implementação da Lei 10.639/03
(2024) Cristino, Anna Beatriz Fernandes
Em 2023 comemoramos os 20 anos da Lei 10.639/03 que institui a obrigatoriedade no currículo oficial da Rede de Ensino, da história e cultura afro-brasileira, da história do continente africano e seu povo, fora da visão eurocêntrica e colonial. A partir de uma perspectiva geral do caminho que a educação e a implementação da Lei vem percorrendo, apresento o curso "Educação para as Relações Étnico-Raciais: à implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08 no currículo escolar na região oeste do Paraná" em suas últimas duas edições acontecidas em 2020, período específico atingido pela COVID-19 e em 2023, no retorno de sua versão presencial. Apresento um pouco da trajetória de Antonieta de Barros como referência negra, principalmente para a Educação. Apoiada nas observações etnográficas feitas durante os cursos e algumas questões enfrentadas no debate teórico antropológico, proponho uma resposta para os problemas apresentados, buscando assim, uma responsabilização da antropologia ante ao resgate intelectual do pioneirismo negro. Durante todo o desenvolvimento da pesquisa, vou entrelaçando as possíveis narrativas com a minha trajetória enquanto mulher negra, sem terra, na escola e na universidade, trabalhando através do conceito de Escrevivência de Conceição Evaristo.
Resumen
En 2023, celebramos los 20 años de la Ley 10.639/03, que establece la obligatoriedad en el currículo oficial de la Red de Educación, de historia y cultura afrobrasileña, de la historia del continente africano y de sus pueblos, fuera de las ideas eurocéntricas y coloniales. Desde una perspectiva general del camino que viene tomando la educación y la implementación de la Ley, presento el curso "Educación para las Relaciones Étnico-Raciales: la implementación de las Leyes 10.639/03 y 11.645/08 en el currículo escolar de la región occidental de Paraná" en sus dos últimas ediciones, que tuvieron lugar en 2020, período específico afectado por la COVID-19, y en 2023, cuando regressa su versión presencial. Les presento um poco de la trayectoria de Antonieta de Barros como referente negro, principalmente para la Educación. A partir de observaciones etnográficas realizadas durante los cursos y de algunas cuestiones enfrentadas en el debate teórico antropológico, propongo una respuesta a los problemas presentados, buscando así responsabilizar a la antropología por la recuperación intelectual del pioneiro negro. A lo largo del desarrollo de la investigación, entrelazo posibles narrativas con mi trayectoria como mujer negra y sin tierra, en la escuela y la universidad, trabajando a través del concepto de Escrevivência de Conceição Evaristo.
Primeira onda de Covid-19: uma análise retrospectiva dos primeiros casos em uma cidade de tríplice fronteira do Brasil
(2025) Costa, Welisson Barbosa
O objetivo deste estudo retrospectivo, de centro único, é incluir todos os casos da primeira onda de casos de COVID-19 no Hospital Padre Germano Lauck, em Foz do Iguaçu - PR, Brasil, de abril a julho de 2020, confirmados por RT-PCR em tempo real e analisar as características epidemiológicas e clínicas. Descreveremos e analisaremos retrospectivamente as características clínicas e epidemiológicas dos casos da primeira onda de COVID-19 na cidade de Foz do Iguaçu, no Brasil. Os dados categóricos são descritos por frequência e proporções, enquanto os dados numéricos são descritos pela desvio padrão (DP) e pelo intervalo interquartil mediano (IQM). A idade média dos pacientes foi de 39 anos, incluindo 415 homens (44%) e 535 mulheres (56%). As comorbidades prevalentes foram diabetes, hipertensão e doença cardiovascular. Tosse, cefaleia e mialgia foram os sintomas comuns associados à COVID-19. A idade foi o principal fator de risco para a morte, assim como a hipertensão e o diabetes. Este estudo encontrou que a primeira onda de COVID-19 em Foz do Iguaçu apresentou características semelhantes aos estudos realizados durante o mesmo período epidemiológico. Quando comparadas com análises posteriores de diferentes cepas do vírus COVID-19, foi observado que houve uma predominância de diferentes sintomas e idades de casos graves entre as infecções causadas pelas variantes Ômicron e Delta.
A contribuição da Revista Saúde em Debate para a construção da crítica ao preventivismo
(2025) Mathias, Gustavo
Esta pesquisa teve como objetivo investigar a disseminação da crítica à medicina preventiva no período que antecedeu a Reforma Sanitária Brasileira, bem como sua contribuição para a compreensão de fatores fundamentais à democratização da saúde no Brasil. O estudo analisou artigos voltados à crítica da medicina preventiva publicados na revista Saúde em Debate, do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde, entre 1976 e 1988, período marcado pela intensa repressão do regime militar. Entre os principais resultados, destacaram-se questionamentos à História Natural das Doenças, evidenciando sua incapacidade teórica de abranger os problemas de saúde de forma universalizada, como originalmente proposto. Além disso, observou-se uma crítica recorrente à racionalização dos modelos adotados, que deslocaram o foco da saúde pública para atender aos interesses econômicos do Estado e do setor privado. Conclui-se que esse modelo se mostrou insuficiente para resolver os problemas de saúde da população, o que se refletiu no declínio dos níveis de saúde e na fragilidade técnica e teórica do modelo.
Resumen
Esta investigación tuvo como objetivo analizar la difusión de las críticas a la medicina preventiva en el período previo a la Reforma Sanitaria Brasileña, así como su contribución a la comprensión de factores clave para la democratización de la salud en Brasil. El estudio examinó artículos centrados en la crítica a la medicina preventiva, publicados en la revista Saúde em Debate, del Centro Brasileño de Estudios en Salud, entre 1976 y 1988, un período marcado por una intensa represión bajo el régimen militar. Entre los principales hallazgos, destacaron las críticas a la Historia Natural de las Enfermedades, señalando sus limitaciones teóricas para abordar de manera universalizada los problemas de salud, como se proponía originalmente. Además, se identificó una crítica recurrente a la racionalización de los modelos adoptados, que desplazaron el enfoque principal de la salud pública hacia el servicio de los intereses económicos del Estado y del sector privado de la salud. Se concluye que este modelo fue insuficiente para resolver los problemas de salud de la población, lo que se reflejó en el deterioro de los niveles de salud y en la fragilidad técnica y teórica del sistema.