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Malformações congênitas e teratogênese por fármacos na tríplice fronteira - uma análise epidemiológica (2017-2025)
(2025-12-23) Aldana, Martínez ; Raykrely, Hecximar
As malformações congênitas são alterações funcionais, bioquímicas ou morfológicas no embrião ou feto durante a gestação geradas pela exposição a agentes teratogênicos. O uso de fármacos na gravidez é uma grande preocupação para a farmacovigilância, uma vez que alterações fisiológicas em gestantes influenciam a farmacocinética e os efeitos dos fármacos sobre o organismo. O objetivo principal deste estudo consistiu avaliar a prevalência de anomalias congênitas devido a exposição de fármacos teratogênicos a partir de dados cadastrados nos sistemas de vigilância pública nacional de Brasil, Argentina e Paraguai entre os anos 2017 e 2025. A metodologia consistiu em um estudo transversal utilizando dados de sistemas de vigilância das anomalias congênitas e farmacovigilância nacionais de cada país, como o SINASC e o VigiMed da Anvisa no Brasil, a Rede Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC) da Argentina, artigos relativos publicados do Paraguai e informações da ReLAMC. Os resultados obtidos demostraram que o Brasil apresentou um total de 37.126.352 nascimentos entre os anos de 2010-2022, sendo que 309.140 possuíam anomalias congênitas com 28 notificações por exposição a medicamentos teratogênicos nos anos 2018-2025. Já a Argentina apresentou um total de 1.939.773 nascimentos nos anos de 2017-2023, sendo que 30.035 possuíam anomalias congênitas com 156 notificações por exposição a medicamentos teratogênicos; o Paraguai apresentou um total de 273,239 nascimentos nos anos de 2017-2021, sendo que 3.701 possuíam anomalias congênitas sem registros de exposição a medicamentos teratogênicos. Em conclusão, ao longo do estudo foi possível identificar a ações de vigilância farmacoepidemiológica de cada país da tríplice fronteira, bem como os desafios relacionados a fragmentação das bases de dados e dificuldades de notificação dos eventos adversos relacionados a malformações fetais, sobretudo associadas a exposição por fármacos teratogênicos. Uma reflexão em torno deste tema é fundamental para melhoria da segurança terapêutica na região. Resumen Las malformaciones congénitas son cambios funcionales, bioquímicos o morfológicos en el embrión o feto durante el embarazo generados por la exposición a agentes teratogénicos. El uso de fármacos durante el embarazo es una preocupación importante para la farmacovigilancia, ya que los cambios fisiológicos en mujeres embarazadas influyen en la farmacocinética y los efectos de los fármacos en el cuerpo. El objetivo principal de este estudio fue evaluar la prevalencia de anomalías congénitas debidas a la exposición a fármacos teratogénicos basándose en datos registrados en los sistemas nacionales de vigilancia pública de Brasil, Argentina y Paraguay entre los años 2017 y 2025. La metodología consistió en un estudio transversal utilizando datos de sistemas nacionales de vigilancia y farmacovigilancia de anomalías congénitas de cada país, como SINASC y VigiMed de Anvisa en Brasil, la Red Nacional de Anomalías Congénitas (RENAC) de Argentina, artículos relativos publicados desde Paraguay e información de ReLAMC. Los resultados obtenidos mostraron que Brasil tuvo un total de 37.126.352 nacimientos entre 2010 y 2022, de los cuales 309.140 presentaron anomalías congénitas y 28 notificaciones por exposición a fármacos teratogénicos en los años 2018-2025. Argentina, por su parte, tuvo un total de 1.939.773 nacimientos en los años 2017-2023, de los cuales 30.035 presentaron anomalías congénitas y 156 notificaciones por exposición a fármacos teratogénicos; Paraguay tuvo un total de 273.239 nacimientos en los años 2017-2021, de los cuales 3.701 presentaron anomalías congénitas sin registros de exposición a fármacos teratogénicos. En conclusión, a lo largo del estudio fue posible identificar las acciones de vigilancia farmacoepidemiológica de cada país de la triple frontera, así como los desafíos relacionados con la fragmentación de bases de datos y las dificultades para informar de eventos adversos relacionados con malformaciones fetales, especialmente asociados a la exposición a fármacos teratogénicos. Una reflexión sobre este tema es esencial para mejorar la seguridad terapéutica en la región.
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El uso de la plasticidad cromática en los colores de la montaña (2010)
(2025-12-23) Urgiles Peñaloza, Kathy Rocio
O presente trabalho investiga e analisa o uso da cor como recurso narrativo e simbólico no filme Los colores de la montaña (2010), dirigido por Carlos César Arbeláez e com direção de arte de Gonzalo Martínez. Fundamentado nas contribuições teóricas de Mercedes García Navas, Eva Heller, Carolina Bassi de Moura e Maira Moraes Mesquita, o estudo também recorre a entrevistas com o diretor e o diretor de arte para aprofundar as estratégias visuais e narrativas que permitem compreender a cor e sua plasticidade como um recurso expressivo no cinema, capaz de construir atmosferas, emoções e tensões narrativas ao transformar a paisagem visual em uma memória sensível do conflito e da infância que o atravessa. Resumen El presente trabajo investiga y analiza el uso del color como recurso narrativo y simbólico de la película "Los colores de la montaña" (2010), dirigida por Carlos César Arbeláez y con dirección de arte de Gonzalo Martínez. Sustentado en los aportes teóricos de Mercedes García Navas, Eva Heller, Carolina Bassi de Moura, Maira Moraes Mesquita, el estudio también recurre a entrevistas con el director y el director de arte para profundizar en las estrategias visuales, narrativas que permiten comprender el color y su plasticidad como un recurso expresivo en el cine, construyendo atmósferas, emociones, tensiones narrativas al transformar el paisaje visual en una memoria sensible del conflicto y de la infancia que lo atraviesa.
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Organizações de governança transfronteiriças na Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina): caracterizações iniciais
(2025-12-23) Silva, Franciely Leticia Britez da
O presente estudo analisa as formas organizacionais de governança transfronteiriça existentes na Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, região marcada por intensos fluxos econômicos, sociais e culturais, mas também por desafios institucionais decorrentes das diferenças legais e administrativas entre os três países. O objetivo central da pesquisa consistiu em identificar e classificar as organizações transfronteiriças presentes na região, sendo escolhidas três organizações: GT Itaipu Saúde, CODETRI e Comando Tripartite, examinando suas características estruturais, graus de institucionalização e orientações, a partir do modelo analítico proposto por Zumbusch e Scherer (2015). A investigação adotou abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, fundamentada em pesquisa documental e análise de relatórios institucionais, documentos oficiais, artigos científicos e materiais produzidos pelas próprias organizações. Os resultados demonstram que as organizações analisadas apresentam arranjos institucionais distintos. Conclui-se que a região abriga arranjos organizacionais diversos, cujo grau de institucionalização, composição e escopo temático podem influenciar diretamente a capacidade de coordenação e a efetividade da governança transfronteiriça. Além da adaptação estratégica, onde diferentes desenhos organizacionais coexistem para superar barreiras burocráticas e responder às especificidades de cada setor, seja na saúde, no desenvolvimento regional ou na segurança pública. Além disso, o estudo mostra que, apesar de haver avanços significativos, persistem desafios relacionados à compatibilidade normativa, continuidade institucional e fortalecimento das estruturas de cooperação. Resumen El presente estudio analiza las formas organizacionales de gobernanza transfronteriza existentes en la Triple Frontera entre Brasil, Paraguay y Argentina, una región marcada por intensos flujos económicos, sociales y culturales, pero también por desafíos institucionales derivados de las diferencias legales y administrativas entre los tres países. El objetivo central de la investigación consistió en identificar y clasificar las organizaciones transfronterizas presentes en la región, seleccionándose tres organizaciones: GT Itaipu Salud, CODETRI y el Comando Tripartito, examinando sus características estructurales, grados de institucionalización y orientaciones, a partir del modelo analítico propuesto por Zumbusch y Scherer (2015). La investigación adoptó un enfoque cualitativo, descriptivo y exploratorio, fundamentado en la investigación documental y el análisis de informes institucionales, documentos oficiales, artículos científicos y materiales producidos por las propias organizaciones. Los resultados demuestran que las organizaciones analizadas presentan arreglos institucionales distintos. Se concluye que la región alberga diversos arreglos organizacionales, cuyo grado de institucionalización, composición y alcance temático pueden influir directamente en la capacidad de coordinación y en la efectividad de la gobernanza transfronteriza. Se observa, además, una adaptación estratégica donde diferentes diseños organizacionales coexisten para superar barreras burocráticas y responder a las especificidades de cada sector, ya sea en la salud, el desarrollo regional o la seguridad pública. Adicionalmente, el estudio muestra que, a pesar de haber avances significativos, persisten desafíos relacionados con la compatibilidad normativa, la continuidad institucional y el fortalecimiento de las estructuras de cooperación.
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A reforma gerencial no governo FHC: entre a institucionalização da accountability e a fragilização do controle social
(2025-12-23) Saravia, Lorena Ayelen Staibano de
Este trabalho analisa criticamente a reforma gerencial implementada no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), verificando se essa reforma institucionalizou mecanismos efetivos de accountability ou se fragilizou as condições para o exercício do controle social no Brasil. A pesquisa investiga as contradições entre o discurso reformista conduzido por Bresser-Pereira através do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, que prometia modernização democrática e responsabilização através do controle social, e a realidade institucional que efetivamente se consolidou no período. O estudo caracteriza os modelos de administração pública contextualizando a transição do modelo burocrático para o gerencial inspirado na Nova Gestão Pública, explora conceitualmente accountability e controle social, discute as distinções entre accountability horizontal e vertical propostas, identifica as tensões conceituais entre o modelo gerencial e os princípios democráticos analisadas, examina as diretrizes propostas pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado e analisa as contradições entre discurso e prática. O estudo adota abordagem qualitativa de natureza exploratória e descritiva, utilizando procedimentos metodológicos que combinam pesquisa bibliográfica e documental através da revisão integrativa de literatura. A análise desenvolvida demonstra que a reforma gerencial operou em duas dimensões estruturalmente contraditórias: institucionalizou formalmente mecanismos de accountability gerencial, introduzindo controle por resultados, contratos de gestão, agências reguladoras e obrigações de transparência, mas simultaneamente fragilizou os mecanismos de responsabilização pública e de controle social. A institucionalização formal representou avanço em relação ao modelo burocrático anterior, mas consolidou uma concepção restrita de accountability centrada na eficiência técnica e na satisfação do cidadão-cliente, enquanto esvaziou as dimensões democráticas relacionadas à participação substantiva nos processos decisórios. A fragilização manifestou-se em um arranjo institucional que reforçou a centralização decisória observada no uso intensivo de Medidas Provisórias e na atuação do Congresso, cuja dinâmica de coalizão limitou a fiscalização efetiva, além do insulamento tecnocrático evidenciado pelo fechamento das Câmaras Setoriais tripartites, da manutenção de barreiras informacionais que criaram opacidade através da transparência formal, e do esvaziamento político dos espaços participativos. O estudo identifica a apropriação do discurso participativo pela racionalidade gerencial, resultando no esvaziamento de seu conteúdo político transformador, com base nas críticas analisadas de outros autores. A pesquisa conclui que a reforma produziu uma institucionalização ambígua da accountability, avançando na dimensão técnica da eficiência, mas fragilizando os mecanismos de controle social e de participação substantiva, deixando como desafio pendente a construção de arranjos institucionais que combinem eficiência administrativa, responsabilização pública e participação substantiva. Resumen Este trabajo analiza críticamente la reforma gerencial implementada en el gobierno de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), verificando si esa reforma institucionalizó mecanismos efectivos de accountability o si debilitó las condiciones para el ejercicio del control social en Brasil. La investigación examina las contradicciones entre el discurso reformista conducido por Bresser-Pereira a través del Ministerio de Administración Federal y Reforma del Estado, que prometía modernización democrática y responsabilización a través del control social, y la realidad institucional que efectivamente se consolidó en el período. El estudio caracteriza los modelos de administración pública contextualizando la transición del modelo burocrático hacia el gerencial inspirado en la Nueva Gestión Pública, explora conceptualmente la accountability y el control social, discute las distinciones entre accountability horizontal y vertical propuestas, identifica las tensiones conceptuales entre el modelo gerencial y los principios democráticos analizados, examina las directrices propuestas por el Plan Director de la Reforma del Aparato del Estado y analiza las contradicciones entre discurso y práctica. El estudio adopta un enfoque cualitativo de naturaleza exploratoria y descriptiva, utilizando procedimientos metodológicos que combinan investigación bibliográfica y documental a través de la revisión integrativa de literatura. El análisis desarrollado demuestra que la reforma gerencial operó en dos dimensiones estructuralmente contradictorias: institucionalizó formalmente mecanismos de accountability gerencial, introduciendo control por resultados, contratos de gestión, agencias reguladoras y obligaciones de transparencia, pero simultáneamente debilitó los mecanismos de responsabilización pública y de control social. La institucionalización formal representó un avance en relación con el modelo burocrático anterior, pero consolidó una concepción restringida de accountability centrada en la eficiencia técnica y en la satisfacción del ciudadano-cliente, mientras vació las dimensiones democráticas relacionadas con la participación sustantiva en los procesos decisorios. El debilitamiento se manifestó en un arreglo institucional que reforzó la centralización decisoria observada en el uso intensivo de Medidas Provisorias y en la actuación del Congreso, cuya dinámica de coalición limitó la fiscalización efectiva, además del aislamiento tecnocrático evidenciado por el cierre de las Cámaras Sectoriales tripartitas, el mantenimiento de barreras informacionales que crearon opacidad a través de la transparencia formal y el vaciamiento político de los espacios participativos. El estudio identifica la apropiación del discurso participativo por la racionalidad gerencial, resultando en el vaciamiento de su contenido político transformador, con base en las críticas analizadas de otros autores. La investigación concluye que la reforma produjo una institucionalización ambigua de la accountability, avanzando en la dimensión técnica de la eficiencia, pero debilitando los mecanismos de control social y de participación sustantiva, dejando como desafío pendiente la construcción de arreglos institucionales que combinen eficiencia administrativa, responsabilización pública y participación sustantiva.
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Redes de poder no legislativo: um estudo sobre deputados eleitos e suplentes no Paraná (55ª a 57ª legislaturas)
(2025-12-23) Wu, Cristhian Chia Chang
Há uma ampla e consistente produção acadêmica sobre burocracias e cargos comissionados na administração pública brasileira, majoritariamente centrada no Poder Executivo e frequentemente associada ao presidencialismo de coalizão, notoriamente enriquecendo o debate político-administrativo do sistema político brasileiro. Contudo, a dimensão legislativa, em particular o Secretariado Parlamentar (SP) e os Cargos de Natureza Especial (CNE) no Congresso Nacional, tem sido pouco discutida. Este trabalho analisa, no âmbito do Poder Legislativo, a estrutura e a dinâmica dos cargos de livre nomeação e exoneração, contribuindo para sistematizar a discussão sobre a burocracia legislativa. O trabalho foca na Câmara dos Deputados, com recorte no Estado do Paraná nas 55ª, 56ª e 57ª legislaturas, comparando parlamentares eleitos e suplentes. O estudo buscou mapear a distribuição de SP e CNE por mandato, enfatizando padrões de composição e rotatividade das equipes e mensurando a associação entre a condição de deputados suplente e titular. A metodologia se divide em uma revisão da literatura sobre a temática, uma análise de dados administrativos descritivos e uma análise de redes sociais entre os titulares, suplentes e nomeados. Os resultados documentam variações relevantes na composição e na rotatividade das equipes parlamentares e evidenciam diferenças sistemáticas entre eleitos e suplentes quanto ao uso de suas prerrogativas burocráticas na livre nomeação e exoneração. O estudo contribui para o debate sobre arranjos institucionais no Legislativo, oferecendo evidências empíricas sobre a relação entre os deputados e a organização dos gabinetes na Câmara dos Deputados, um tema central na compreensão do funcionamento da gestão pública. Resumen Existe una amplia y consistente producción académica sobre burocracias y cargos de confianza en la administración pública brasileña, mayoritariamente centrada en el Poder Ejecutivo y frecuentemente asociada al presidencialismo de coalición, enriqueciendo notablemente el debate político-administrativo del sistema político brasileño. Sin embargo, la dimensión legislativa, en particular el Secretariado Parlamentario (SP) y los Cargos de Naturaleza Especial (CNE) en el Congreso Nacional, ha sido poco debatida. Este trabajo analiza, en el ámbito del Poder Legislativo, la estructura y la dinámica de los cargos de libre nombramiento y exoneración, contribuyendo a sistematizar la discusión sobre la burocracia legislativa. El trabajo se centra en la Cámara de Diputados, con un enfoque en el Estado de Paraná durante las 55ª, 56ª y 57ª legislaturas, comparando parlamentarios electos y suplentes. El estudio buscó mapear la distribución de SP y CNE por mandato, enfatizando patrones de composición y rotación de los equipos y midiendo la asociación entre la condición de diputados suplentes y titulares. La metodología se divide en una revisión de la literatura sobre la temática, un análisis de datos administrativos descriptivos y un análisis de redes sociales entre los titulares, suplentes y los nombrados. Los resultados documentan variaciones relevantes en la composición y la rotación de los equipos parlamentarios y evidencian diferencias sistemáticas entre electos y suplentes en cuanto al uso de sus prerrogativas burocráticas en el libre nombramiento y exoneración. El estudio contribuye al debate sobre los arreglos institucionales en el Legislativo, ofreciendo evidencias empíricas sobre la relación entre los diputados y la organización de los gabinetes en la Cámara de Diputados, un tema central para la comprensión del funcionamiento de la gestión pública.