A cultura da leitura e a sua contribuição social na formação do aluno leitor: como a escola e a família têm contribuído para a formação?

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Data

2023

Autores

França, Geanefer Alves de Lacerda

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Resumo

Ao comparar alunos que apresentam uma rotina de leitura, com aqueles que não têm o hábito de ler, observa-se uma diferença considerável em suas habilidades tanto de fluidez, de compreensão e de interpretação textual, quanto de escrita, seja ao realizar sínteses, seja em criar novas histórias ou textos mais formais e acadêmicos, que exigem o uso das tipologias expositivas e argumentativas para a construção do texto dissertativo. Contudo, o não leitor encontra mais dificuldades na comunicação, em ser criativo e está propenso a alienação, trazendo implicações no seu modo de interagir em sociedade e, consequentemente, de alguma forma ou outra, essas dificuldades acabam tornando-se barreiras que prejudicam e interferem no seu processo aprendizagem. Diante disso, ao considerar que os hábitos de leitura repercutem na formação e no desenvolvimento escolar do aluno leitor e não leitor, pois a leitura é uma ferramenta fundamental para o desempenho educacional, acredita-se que a cultura da leitura deveria ser incutida, incentivada e promovida para a construção de sujeitos leitores para além dos muros da escola e dos limites de uma disciplina, para que o ato de ler torne-se um hábito, ao invés de considerado como uma obrigação escolar. Portanto, ao considerar que o hábito da leitura reflete tanto na formação como no desenvolvimento escolar/acadêmico do aluno leitor e não leitor, este estudo objetiva investigar como a cultura da leitura influencia social, cultural e discursivamente no desenvolvimento comunicativo e interpretativo dos discentes e qual o papel da escola para esta formação. Para tanto, sob a ótica da cultura da leitura e por meio de um estudo de caso realizado em uma turma de 6o ano, do Colégio Estadual Dom Pedro II, localizado na região do Morumbi, Foz do Iguaçu, elaborou-se e aplicou-se, na disciplina de Redação e Leitura, trabalhada por meio das plataformas Leia Paraná e Redação Paraná, uma proposta de produção textual de um relato pessoal, com vistas a verificar qual é a relação desses alunos com a leitura. Com base em Gerhardt e Silveira (2009), esses métodos utilizados foram articulados ao desenvolvimento de uma pesquisa in loco qualitativa e de natureza aplicada, norteada pelos procedimentos de exploração e descrição dos dados e referenciais teóricos aplicados à análise. No que compreende à fundamentação teórica, esta pesquisa está amparada nos estudos de Lajolo (2010) que respalda o estímulo do mundo da leitura para a leitura do mundo; as contribuições de Bakhtin (1992, 2003) sobre as relações dialógicas, a interação social, o juízo de valor e os gêneros discursivos; as estratégias abordadas por Teixeira (2017) para a formação de leitor, entre outras bibliografias. A partir dos relatos pessoais produzidos, os participantes narraram a sua relação com a leitura, o que permitiu compreender como a leitura é vista sob o olhar dos próprios leitores e não leitores. Desta forma, ao reconhecer a leitura como uma ferramenta transformadora da realidade e contexto vivenciado por alunos leitores e não leitores, considera-se que a cultura da leitura precisa ser promovida e se alastrar, ocupando espaços não ocupados ou timidamente ocupados, como, por exemplo, os lares e as famílias, inspirando os sujeitos a se integrarem dialogicamente na sociedade em que estão inseridos.

Abstract

Descrição

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Letras – Espanhol e Português como Línguas Estrangeiras.

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