Biocontrole de Sclerotinia sclerotiorum pelos Fungos Clonostachys rosea CCMIBA_39, Purpureocillium lilacinum CCMIBA_38 e Bjerkandera sp. CCMIBA_40
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Data
2023
Autores
Bueno, Any Caroline Pantaleão
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Editor
Resumo
O fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum, causador do mofo-branco em soja, ainda
hoje é um dos principais responsáveis por perdas econômicas significativas dessa
cultivar. Técnicas de manejo dessa doença incluem, controle cultural, químico e
biológico, sendo este último, de grande interesse do mercado agrícola, se
apresentando como uma alternativa segura e de menor impacto ambiental. A
utilização de consórcios microbianos em substituição a microrganismos isolados tem
se mostrado uma alternativa eficiente dentro do controle biológico. Este estudo
avaliou o potencial de antagonismo in vitro dos fungos da Coleção de Cultura de
Micro-organismos de Importância Biotecnológica e Ambiental – CCMIBA,
Purpureocillium lilacinum CCMIBA_38, Clonostachys rosea CCMIBA_39 e
Bjerkandera sp. CCMIBA_40, isolados e em consórcio contra S. sclerotiorum para
futuras aplicações como bioinoculante no controle biológico. Os fungos cultivados
em meio malte enriquecido, foram submetidos a dois testes de cultura dupla, com
diferentes tratamentos e tempos de incubação, que consistiu na incubação dos
fungos de biocontrole, isolados e em consórcio, na mesma placa que o patógeno a
28°C por oito e dez dias. No primeiro teste, os fungos P. lilacinum CCMIBA_38 e C.
rosea CCMIBA_39, foram incubados dois dias após o patógeno devido ao rápido
crescimento observado anteriormente. Porém, devido a essa diferença, não foi
possível avaliar corretamente os resultados. Assim, no segundo teste, os fungos de
biocontrole foram inoculados no mesmo dia que o patógeno. Após o tempo de
incubação, foram feitas três análises: 1) o crescimento do patógeno nos diferentes
tratamentos em comparação com o controle; 2) o potencial de antagonismo dos
fungos de biocontrole, determinado através de notas de 1 a 5, se o fungo de
biocontrole ocupou 100%, 75%, 50%, 25% ou 0% da placa, respectivamente; e 3) o
crescimento dos fungos de biocontrole na presença e na ausência do patógeno. No
primeiro teste de cultura dupla, a taxa de crescimento do patógeno diminuiu
significativamente (p<0,05) em todos os tratamentos. Já no segundo, a redução foi
significativa apenas nos tratamentos com consórcio e com Bjerkandera sp.
CCMIBA_40. Na avaliação do potencial de antagonismo dos fungos de biocontrole,
Bjerkandera sp. CCMIBA_40 obteve nota 3, ao ocupar 60% da placa, enquanto P.
lilacinum CCMIBA_38, C. rosea CCMIBA_39 e o consórcio microbiano obtiveram
nota 4, ao ocupar 40%, 42% e 49% da placa, respectivamente. Bjerkandera sp.
CCMIBA_40 também apresentou crescimento significativo na presença do patógeno.
Tais resultados indicam um bom potencial antagônico de Bjerkandera sp.
CCMIBA_40 contra S. sclerotiorum, provavelmente, devido a competição por espaço
e nutrientes, mas micoparasitismo e produção de metabólitos ativos não podem ser
descartados, estudos futuros serão realizados para maior elucidação dos
mecanismos dessa interação.
Abstract
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia.
Palavras-chave
mofo-branco; doenças da soja; antagonismo; controle biológico; consórcio microbiano.