Marabaixo em transformação: história, memórias e a recente patrimonialização.
dc.contributor.author | Nascimento, Danielle Leite | |
dc.date.accessioned | 2024-05-10T00:16:16Z | |
dc.date.available | 2024-05-10T00:16:16Z | |
dc.date.issued | 2024 | |
dc.description | Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial para a obtenção de título de bacharel em História - América Latina. | |
dc.description.abstract | O Marabaixo, uma manifestação cultural afro-amapaense que combina elementos religiosos e festivos, é reconhecido como patrimônio cultural do Brasil. Esta conquista reflete um processo de longa data, marcado por desafios e transformações. Ao explorar sua história, podemos perceber como o Marabaixo se tornou parte integrante da identidade do Amapá e o papel central que desempenha na construção e afirmação da identidade cultural negra brasileira. O estudo se baseia em reflexões de acadêmicos como José Reginaldo dos Santos Gonçalves e François Hartog, que analisam o papel do patrimônio na sociedade contemporânea. Gonçalves argumenta que o patrimônio não deve ser visto apenas como uma tentativa de “descobrir, defender e preservar” identidades existentes, mas que essa noção já enraizada, necessita ser problematizada (GONÇALVES, 2015) e Hartog aponta que os patrimônios são percebidos como sintomas de nossas experiências com o tempo. Trazendo esses dois olhares para a temática do patrimônio, tenho em vista refletir quais aspectos estão presentes no caso do Marabaixo, no reconhecimento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A relação do Marabaixo com o tempo é um elemento crucial na preservação dessa tradição. Os praticantes mais antigos expressam o desejo de transmitir seus conhecimentos às gerações mais jovens, garantindo a continuidade da prática. Eles não buscam apenas reproduzir o passado, mas sim criar novas gerações de “ladrões” e “cantadores” que honrem a memória de seus antepassados. A preocupação com a passagem do tempo e o envelhecimento dos praticantes é evidente. O medo do esquecimento e a importância da memória estão no cerne da tradição do Marabaixo. À medida que os praticantes mais antigos falecem, seus descendentes sentem a responsabilidade de continuar o legado, preservando a memória daqueles que deram vida ao Marabaixo. O Marabaixo é uma prática viva que existe em meio à coexistência de diferentes detentores ao longo do tempo. Essa constante transformação e renovação fazem parte de sua essência. O ciclo de renovação presente no Marabaixo destaca que as tradições culturais podem se adaptar e evoluir, mantendo-se relevantes para as gerações futuras. O patrimônio cultural não é algo estático, mas uma entidade em constante mudança. As práticas culturais não apenas resistem à passagem do tempo, mas também se reinventam para atender às necessidades e desejos das comunidades que as mantêm vivas. Em resumo, o estudo do Marabaixo ilustra como o patrimônio cultural desempenha um papel essencial na construção da identidade, na preservação da memória e na renovação das tradições. A luta pela preservação do Marabaixo é um esforço coletivo que reflete a grande importância das práticas culturais na sociedade contemporânea. O Marabaixo é muito mais do que uma tradição do passado; é uma tradição viva e dinâmica que continuará a enriquecer a cultura brasileira. | |
dc.identifier.uri | https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8164 | |
dc.language.iso | vi | |
dc.rights | openAccess | |
dc.title | Marabaixo em transformação: história, memórias e a recente patrimonialização. |
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