Biocentrismo Ancestral e a Descolonização da Vida no Antropoceno: a Reexistência das Cosmoexistências Indígenas frente a Modernidade/Colonialidade Globalizada

dc.contributor.authorBellei Neto, Orlando
dc.date.accessioned2023-06-19T13:28:46Z
dc.date.available2023-06-19T13:28:46Z
dc.date.issued2023
dc.descriptionTrabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciência Política e Sociologia - Sociedade, Estado e Política na América Latina.pt_BR
dc.description.abstractEsta tese busca explorar qualitativamente os contextos que envolvem a emergente discussão sobre um biocentrismo ancestral indígena em Abya Yala e a sua devida potencialidade ontológica-política. Fora entendido que a própria discussão do conceito faz emergir uma autocrítica à Modernidade/Colonialidade, fazendo com que os enunciadores de um modelo civilizatório antropocêntrico sejam obrigados a revisitar as bases ontológicas, epistêmicas e éticas que fundamentam não só um projeto civilizatório violento que separa ontologicamente natureza-sociedade e mantém a vida colonizada e subjugada, como também nos faz encarar a questão antropocêntrica que nos leva ao cenário de colapso climático-ecológico-civilizatório no Antropoceno. Os povos indígenas de Abya Yala possuem outra forma de se relacionar com a totalidade da vida, sendo atravessados visceralmente por outra forma de ser, habitar, sentir e se relacionar com o mundo e com as coisas que identificamos como "natureza". Chamamos isso de cosmoexistência. O biocentrismo ancestral, que é o fundamento ontológico-epistêmico-ético dessas cosmoexistências originárias, nos revela que as cosmoexistências indígenas operam seus mundos a partir de uma reciprocidade para com o que chamamos de "natureza", que, para estes, nada mais é do que algo que constrói também a interioridade deles mesmos. A "natureza" dos povos indígenas é tão exterior quanto interior à construção do sujeito e da identidade indígena, e, por isso, no Antropoceno tais povos e suas sabedorias são protagonistas na necessária descolonização da vida. A insurgência das vozes indígenas, através do conceito emergente de biocentrismo ancestral, permite com que sonhemos e pautemos um outro futuro possível que não aquele previsto pela Modernidade/Colonialidade para os seres humanos e a vida no Antropoceno. A fundamentação teórico-metodológica da pesquisa é a Análise Textual Discursiva (ATD) orientada pela abertura ao pluriverso de saberes defendida pelos autores do giro decolonial e da ontologia política. A pesquisa se insere num contexto do Paradigma Científico Emergente, desde uma posição política-epistêmica crítica, através do compromisso com os saberes populares, contra-hegemônicos e com a interculturalidade e ecologia de saberes. Esta é uma pesquisa polifônica e ensaística.pt_BR
dc.identifier.urihttps://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/7353
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsopenAccess
dc.subjectancestralidade política; antropocentrismo; buen vivir; colonialidade da vida; cosmopolítica; direitos da natureza; pensamento indígenapt_BR
dc.titleBiocentrismo Ancestral e a Descolonização da Vida no Antropoceno: a Reexistência das Cosmoexistências Indígenas frente a Modernidade/Colonialidade Globalizadapt_BR
dc.typebachelorThesispt_BR

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