Educação escolar indígena e o Estado Novo

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Data

2019-12-12

Autores

Santos, Ellen Vieira dos

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Resumo

O artigo analisa o papel da educação escolar indígena oferecida dentro dos postos indígenas comandados pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI), na vigência do Estado Novo. Através de uma revisão bibliográfica, buscamos analisar como a educação e especialmente a educação escolar indígena foi usada como aparelho ideológico do governo, aliado à um discurso de proteção e assistência aos povos indígenas durante o governo do presidente Getúlio Vargas. Através de relatórios produzidos pelo SPI, entre os anos de 1941-1945, buscamos evidenciar como a instrução moral, o ensino cívico, e a promoção do nacionalismo foi reproduzida, também dentro dos postos indígenas, seguindo a ideologia do governo. Criado em 1910, seguindo uma orientação positivista, o Serviço tinha, inicialmente, como objetivo, a atração e possível incorporação lenta e gradual dos povos indígenas à sociedade nacional, através, sobretudo do trabalho no campo. Os postos indígenas comandados pelo SPI desenvolveram através do ensino, a função de “despertar” valores nacionalistas nas populações indígenas sob sua tutela. A partir de 1934, anos iniciais do governo de Getúlio Vargas, o órgão passa por uma reestruturação, deixando de integrar o Ministério da Agricultura e passando a integrar o Ministério da Guerra. Em consequência da conjuntura política do período, algumas mudanças foram feitas no órgão, entre elas, a criação de postos indígenas em áreas estratégicas do território, a fim de assegurar a proteção das fronteiras. Relatórios produzidos pela própria entidade nos dão mostras do ensino oferecido dentro dos postos e um panorama da política indigenista do período, colocando em evidência a promoção de valores morais entre os povos indígenas, com o intuito de integrá-los à sociedade, através de uma coerção social
El artículo analiza el papel de la educación escolar indígena ofrecida dentro de los puestos indígenas comandados por el Servicio de Protección Indígena (SPI) bajo el Estado Novo. A través de una revisión de la literatura, buscamos analizar cómo se utilizó la educación y especialmente la educación escolar indígena como un dispositivo ideológico del gobierno, junto con un discurso de protección y asistencia a los pueblos indígenas durante el gobierno del presidente Getúlio Vargas. A través de informes producidos por el SPI, entre 1941 y 1945, buscamos destacar cómo se reproducían la instrucción moral, la enseñanza cívica y la promoción del nacionalismo, también dentro de los puestos indígenas, siguiendo la ideología del gobierno. Creado en 1910, siguiendo una orientación positivista, el Servicio inicialmente tenía como objetivo la atracción y la posible incorporación lenta y gradual de los pueblos indígenas a la sociedad nacional, especialmente a través del trabajo en el campo. Los puestos indígenas comandados por el SPI desarrollaron, a través de la educación, la función de "despertar" los valores nacionalistas en las poblaciones indígenas bajo su tutela. Desde 1934, los primeros años del gobierno de Getúlio Vargas, el cuerpo sufre una reestructuración, desde el Ministerio de Agricultura hasta el Ministerio de Guerra. Como resultado de la coyuntura política del período, se realizaron algunos cambios en el cuerpo, incluida la creación de puestos indígenas en áreas estratégicas del territorio, para garantizar la protección de las fronteras. Los informes producidos por la propia entidad nos muestran la enseñanza ofrecida en las publicaciones y una visión general de la política indígena de la época, destacando la promoción de los valores morales entre los pueblos indígenas, con el objetivo de integrarlos en la sociedad a través de la coerción social

Descrição

Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso da Especialização em História e América Latina pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

Palavras-chave

Nativos, Integração na educação, Brasil. Presidente (1930-1945 : Vargas), Índios - Educação

Citação

SANTOS, Ellen Vieira dos. Educação escolar indígena e o Estado Novo. 2020. 20 p. Artigo de conclusão de curso ( Especialização em História e América Latina) Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Foz do iguaçu, 2020