Sinalização Olfativa de Caenorhabditis Elegans a partir de Substâncias Metabólicas em Microambiente Tumoral na Detecção do Câncer de Pâncreas

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Data

2022

Autores

Zanette, Giovana Martins

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Resumo

O câncer é uma das doenças mais prevalentes no mundo e avança em níveis preocupantes. Compreender a doença e suas manifestações é primordial para desenvolver diagnósticos e tratamentos mais eficientes. O câncer de pâncreas, que acomete um dos principais órgãos de funções metabólicas do organismo, apresenta altas taxas de mortalidade e não possui biomarcadores conhecidos. Tem sido demonstrado que células tumorais secretam compostos voláteis que podem ser detectados por cães e camundongos. Porém, na prática clínica, essa metodologia se mostram inviável. C. elegans é um nematóide de sistema olfativo aguçado, um organismo explorado como modelo alternativo em diversos ensaios devido a sua alta conservação de genes quando comparados a mamíferos e ao seu fácil cultivo. Esse animal é capaz de detectar uma ampla gama de odores respondendo de maneira comportamental, por atração ou repulsão a odorantes específicos (quimiotaxia positiva ou negativa). Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a resposta de C. elegans ao meio condicionado (meio de cultivo) de células do câncer de pâncreas (MIA PaCa-2), que contém substâncias secretadas no microambiente tumoral, pelo ensaio de quimiotaxia. Foram necessários ensaios para padronização da metodologia, pois geralmente são usadas amostras biológicas de pacientes, como urina, e não celulares. Os resultados foram comparados com as próprias células, além do controle com fibroblastos e controle positivo de acetona. C. elegans foram atraídos pelo meio usado para cultivo de células tumorais pancreáticas e repelidos pelo meio condicionado de fibroblastos. Ainda é necessária uma melhor padronização da metodologia para se obter constatações mais significativas e confiáveis. Entretanto, foi possível evidenciar mudanças no microambiente tumoral do câncer de pâncreas rastreadas pelo olfato de C. elegans, sugerindo que o metabolismo dessas células produzem compostos voláteis em níveis desordenados quando comparados a amostras do controle, que podem auxiliar na compreensão e na identificação precoce da doença.

Descrição

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia.

Palavras-chave

Quimiotaxia; Metabolismo tumoral; Câncer; Modelo animal alternativo; Biomarcador.

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