Argamassas de Projeção para Reparo Superficial de Estruturas Hidráulicas de Concreto: Avaliação de Propriedades Físico-mecânicas

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2023

Autores

Gilardoni, Tamara Daiana Uribe

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

Estruturas hidráulicas de concreto podem sofrer danos superficiais ao longo do tempo devido à ação da água na sua superfície e, para o reparo destas, podem ser utilizadas argamassas cimentícias. As argamassas de reparo devem possuir a compatibilidade dimensional e apresentar aderência adequada com o substrato, além de suportar o desgaste gerado pela água. Para alcançar estas propriedades, argamassas de projeção podem ser uma opção viável do ponto de vista técnico. Para isso, faz-se necessário a criteriosa seleção de materiais constituintes além de um adequado proporcionamento e controle das propriedades, especialmente no que se refere às propriedades mecânicas, à reologia e à compatibilidade dimensional com o substrato. O proporcionamento de argamassas por métodos de empacotamento de partículas pode contribuir à obtenção de uma argamassa de projeção que apresente boas propriedades mecânicas com baixo consumo de pasta, mas com a coesão e fluidez necessárias para ser bombeada e projetada. Neste contexto, o objetivo geral da pesquisa foi avaliar as principais propriedades físicas e mecânicas associadas ao comportamento em uso de argamassas de projeção cimentícias para reparo superficial de estruturas hidráulicas de concreto erodidas, proporcionadas por meio de um método de empacotamento de partículas. As argamassas foram compostas de cimento portland, sílica ativa, fíler calcário, areia natural, microfibras de polipropileno, aditivo retentor de água e aditivo superplastificante. O proporcionamento foi realizado pelo Modelo de Empacotamento Compressível (MEC) com teores de excesso de pasta em relação aos vazios do agregado de 5%, 7% e 9%, relação água/aglomerante de 0,50 e relação água/finos de 0,39. Assim, considerando também a argamassa de referência, o programa experimental foi composto de 4 argamassas, nas quais foram avaliadas as seguintes propriedades: índice de consistência, densidade de massa, ar incorporado, retenção de água, penetração de cone, resistência à compressão e à tração na flexão, módulo de elasticidade estático e dinâmico, capacidade de bombeamento e de projeção, massa específica, índice de vazios, absorção de água, resistência de aderência à tração e perda de massa por abrasão hidráulica. Os resultados indicaram que as argamassas estudadas cumprem com os requisitos para serem utilizadas como argamassas de reparo. Todas as argamassas conseguiram ser bombeadas e na projeção dificultou-se a adesão ao substrato quando inclinado, recomendando-se o ajuste do teor de aditivo superplastificante ou a utilização de aditivo acelerador de pega na ponta do bico de projeção. Porém, podem ser utilizadas em estruturas com superfícies horizontais ou pouco inclinadas. A argamassa com o melhor comportamento do ponto de vista técnico tanto como material de reparo quanto como argamassa de projeção foi a argamassa com 9% de excesso de pasta. A utilização do MEC para o proporcionamento de argamassas de projeção para reparo demostrou ser viável do ponto de vista técnico, pois foram conseguidas argamassas capazes de serem bombeadas e projetadas tendo pequenos conteúdos de excesso de pasta como consequência da otimização da mistura granular, apesar de conterem fibras, baixa relação água/aglomerante e elevado teor de finos.

Descrição

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Engenharia Civil.

Palavras-chave

Argamassa de projeção; reparo de estruturas hidráulicas; Reologia; Modelo de Empacotamento Compressível (MEC).

Citação