Estratégias para Redução das Emissões de CO2 e o Aumento de Estoque Temporário de Carbono do Setor da Construção por Meio do Uso da Madeira

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Data

2022

Autores

Orlandini, Luana Caroline

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Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar estratégias para reduzir as emissões de CO2 e aumentar o estoque temporário de carbono do setor da construção civil estimulando o uso de componentes de madeira aplicados em fins de longo prazo. Para isso, dividiu-se o estudo em três etapas. 1) Avaliar o setor madeireiro nacional para identificar a cadeia produtiva da madeira com menores impactos ambientais e socioeconômicos, por meio de revisão bibliográfica e análise qualitativa e quantitativa. 2) Analisar a cadeira produtiva de madeira plantada e quantificar o carbono estocado (acima e abaixo do solo) e emitido em cada fase do seu ciclo de vida, aplicando o método de fluxo de massa. 3) Analisar estratégias para reduzir as emissões de CO2 e aumentar o estoque temporário de carbono do setor da construção, por meio do melhoramento de desempenho na etapa de manufatura do produto de madeira, e de seu uso em fins de longo prazo na fase da construção de edificações térreas com diferentes técnicas construtivas em madeira. Os resultados indicam que no Brasil a cadeia produtiva de madeira plantada apresenta melhores perspectivas de fornecimento sustentado de madeira para o mercado nacional. Com isso, analisou-se o fluxo de carbono da silvicultura de pinus e eucalipto e como resultados, considerando as etapas de operações florestais e processamento primário emitiu-se 1,0 – 1,25 tCO2/t, as maiores emissões ocorreram no processamento primário e foram estocados 0,47 tC/t para produção de 1,0 tonelada de madeira plantada serrada bruta. Dessa forma, a primeira estratégia (E1) aumentou o desempenho no processamento primário da madeira serrada em 7,0% com a utilização de software de otimização e a segunda estratégia (E2) substituiu o market share dos produtos com curto ciclo de vida (1 ano) por produtos de longo ciclo de vida (40 anos). Como resultados, com a efetivação da E1 pode-se mitigar 4% (28,3 MtCO2) das emissões de modo acumulado (2022-2050). E na E2 mitigou-se 133,1 MtCO2 e pode-se elevar o estoque temporário de carbono em 8% (10,1 MtC) com a inserção teórica e exclusiva por wood frame e 19% (24,7 MtC) se fossem construídas apenas residências em CLT (potencial máximo hipotético) (acumulado 2022 a 2050). Como considerações finais, nota-se que a implementação paulatina de estratégias conservadoras e factíveis de absorção de mercado é possível reduzir quantidade considerável de emissões de CO2 e estocar carbono ao longo ciclo de vida do produto de madeira e ainda que a viabilização de tais estratégias seja um processo de múltiplos agentes, a disseminação de ganhos ambientais permite o planejamento voltado para a redução de impactos.

Descrição

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Engenharia Civil.

Palavras-chave

Carbono - Fluxo e estoque, Dióxido de carbono - Mitigação, Ciclo de vida, Produtos de madeira, Consumo de materiais, Construção civil

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