As intervenções políticoeducativas no ensino de línguas: o caso do espanhol em Goiás
Fecha
2016-08Autor
Belaonia, Sara Guiliana Gonzales
Figueredo, Carla Janaina
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Situarmos historicamente a inserção do ensino de língua espanhola no currículo do ensino básico
no Brasil nos permite perceber que, ao longo da história do ensino dessa língua, a relação entre as
diretrizes educacionais (leis e intervenções políticas) concernentes ao ensino do espanhol e a sua
aplicação no contexto escolar se dá de forma conflituosa, visto que há inúmeras lacunas dialógicas,
seja entre as diversas instâncias governamentais encarregadas do ensino, seja entre tais instâncias
governamentais e o professor encarregado dessa disciplina escolar. No Estado de Goiás, mantendo
o diálogo com a Lei no 11.161, a língua espanhola figura na grade curricular estadual em caráter de
oferta obrigatória e matrícula facultativa, destinandose a essa língua uma aula semanal. Não
obstante a manutenção desse diálogo, essa lei se constitui conflituosa perante os interesses
educacionais da sociedade goiana, uma vez que em algumas escolas significou um retrocesso para
o ensino dessa língua, já que teve a sua carga horária diminuída e em outras permaneceu com duas
horas semanais. Assim sendo, não trouxe equidade quanto à carga horária destinada na grade
curricular das escolas públicas e, consequentemente, ao ter sua carga horária diminuída, perdeu
qualidade quanto ao seu ensino. De tal modo, o objetivo desta exposição é dissertar sobre as
intervenções políticoeducativas no ensino de línguas no Estado de Goiás. Para isso, tomaremos
como referência Savedra e Lagares (2012), Lagares (2013) e Rajagopalan (2014)