PPGBDN - Programa de Pós-Graduação Biodiversidade Neotropical
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Navegando PPGBDN - Programa de Pós-Graduação Biodiversidade Neotropical por Assunto "borboletas"
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Item O que determina a estrutura das assembleias de borboletas ninfalídeas (Lepidoptera: Nymphalidae) da Mata Atlântica?(2020) Greve, Roberto RezendeA variação espacial na estrutura das comunidades é um padrão (quase) universal. Diversas hipóteses foram propostas para explicar essa variação, algumas enfatizando processos baseados em nicho e outras enfatizando processos baseados em dispersão. Apesar de haver muitas pesquisas com esta abordagem, há uma carência de estudos com borboletas neotropicais. Borboletas são organismos megadiversos, ectotérmicos, com restrições fisiológicas a condições ambientais, e com poucas limitações em sua capacidade de dispersão. Deste modo, busquei verificar qual ou quais fatores ambientais (i.e., clima, produtividade primária e heterogeneidade ambiental) e espaciais são os melhores preditores da estrutura de assembleias de borboletas ninfalídeas da Mata Atlântica, decompondo-a em suas facetas riqueza e diversidade β. Para isso, utilizei listas de ninfalídeos de vinte remanescentes de Mata Atlântica, cobrindo a maior parte da extensão deste domínio. Para cada localidade extraí cinco preditores climáticos relacionados à temperatura e precipitação (hipótese climática), a evapotranspiração real (hipótese da produtividade primária) e a variação da altitude (hipótese da heterogeneidade ambiental). A partir das coordenadas geográficas das localidades foram gerados preditores espaciais. Utilizei o método de mínimos quadrados generalizados (GLS) e a Análise de Redundância Parcial Baseada na Distância (dbRDA) particionando a variação para testar as hipóteses. A produtividade foi o único fator a influenciar a determinação da riqueza, corroborando a hipótese da produtividade. Para a diversidade β, tanto fatores espaciais e ambientais foram importantes, com pouca estruturação espacial dos fatores ambientais, sendo explicada pela temperatura máxima do mês mais quente, corroborando a hipótese climática. Assim, demonstrei que para os ninfalídeos da Mata Atlântica, a produtividade primária determinou a riqueza de espécies, enquanto que o clima e limitações na dispersão foram responsáveis pela variação na composição das espécies entre as localidades.