Tirar foto é fácil, quero ver quem se retrata: literatura, autorrepresentação e periferias
Abstract
Pensar nas relações entre literatura e território, dada a fecundidade do campo, implica
adentrar em um terreno poroso e em litígio. Há que se considerar a multiplicidade de
abordagens admissíveis e miradas possíveis. Este trabalho visa à aproximação de
uma de suas facetas: o papel da autorrepresentação do sujeito periférico na
construção de “novos horizontes e paisagens”, dentro da literatura contemporânea
produzida no Brasil. Nesse caminho, se apresentam como guias os textos de Mano
Zeu, de Foz do Iguaçu (PR), compartilhados em uma página do Facebook e, também,
a obra física de Ferréz, de São Paulo (SP). A partir destes poemas, por meio de uma
leitura interdisciplinar, se busca a compreensão de como estão apresentadas as
referências espaciais, culturais e políticas na escrita. Também é muito importante
perceber se – e de que forma – a relação com o território é tomada para que se
construam memórias e identidades “periféricas” Pensar en las relaciones entre literatura y territorio, dada la fecundidad del campo, implica
adentrarse en un terreno poroso y en litigio. Hay que considerar la multiplicidad de enfoques
admisibles y miradas posibles. Este trabajo pretende acercarse a una de sus facetas: el
papel de la auto-representación del sujeto periférico en la construcción de 'nuevos
horizontes y paisajes', dentro de la literatura contemporánea producida en Brasil. En ese
camino, se presentan como guías los textos de Mano Zeu, de Foz do Iguaçu (PR),
compartidos en una página de Facebook, y la obra de Ferréz, de São Paulo (SP). Con ellos,
por medio de una lectura interdisciplinaria, se busca la comprensión de cómo se presentan
las referencias espaciales, culturales y políticas en la escritura. También es muy importante
percibir si – y de qué forma – la relación con el territorio es tomada para que sean
construidas una memoria y una identidad "periféricas"