| dc.description.abstract | A contribuição da Hallyu como mediadora do relacionamento entre Coreia do Sul e Japão para o processo de construção de paz no Leste Asiático implica o reconhecimento da Hallyu como instrumento da diplomacia pública estatal sul-coreana, bem como as repercussões desse tipo de estratégia discursiva em termos de poder. A operacionalização da Hallyu pela Coreia do Sul na década de 2010 no relacionamento com o Japão incorporou, sobretudo, a participação dos atores subnacionais, o que tem reflexos importantes em questões políticas de poder duro das ilhas Dokdo ou Takeshima. Para isso, esta investigação emprega dois métodos que se complementam, o process tracing e a análise de discurso, considerando mecanismos causais e contrapondo discursos oficiais, teóricos e midiáticos a respeito deste processo.
Assim, esta pesquisa considera processos políticos e históricos desde o reino de Goryeo até o sucesso da Hallyu na década de 1990, apresentando o “han” como variável subjetiva relevante para a sociedade sul-coreana. Outras variáveis subjetivas da diplomacia pública como atração, afeto e estética são incorporadas à pesquisa na medida em que se comunicam com estratégias governamentais de política cultural desde o nascimento da Hallyu (diplomacia pública em sentido estrito, diplomacia cultural e marca-país).
O relacionamento com o Japão é analisado dentro do contexto da herança afetiva do k-drama Winter Sonata a partir de três grandes peças culturais que refletem sobre a dinâmica entre os dois países: o k-drama Bridal Mask, o k-filme A Criada e o k-drama Mr. Sunshine. O discurso dessas mídias é contraposto com a sobrevivência do discurso de rivalidade do contexto das ilhas Dokdo ou Takeshima, de modo que as limitações de poder duro são incorporadas na análise para o entendimento de avanços e recuos ao longo da década. | pt_BR |
