Ausências Sentidas: as Dinâmicas das Jornadas de Trabalho e a Invisibilização do Trabalho Doméstico Não-Remunerado no Cotidiano de Mulheres na Fronteira de Foz do Iguaçu/PR

Abstract

Este trabalho trata sobre as dinâmicas das jornadas de trabalho e a invisibilização do trabalho doméstico não-remunerado no cotidiano de mulheres na fronteira de Foz do Iguaçu/PR, e como refletem nas relações sociais desiguais geradas pelo capitalismo e pelo patriarcado. Evidenciando através de uma revisão bibliográfica e de trabalho de campo realizado a partir de construção de uma série de fotografias e de entrevistas etnográficas como é a rotina e as dinâmicas das múltiplas jornadas de trabalho. O objetivo é entender quais são as dinâmicas a que as mulheres são submetidas em suas jornadas de trabalho, com foco no trabalho doméstico não-remunerado e no trabalho do cuidado. Debatendo com conceitos de divisão sexual.racial.social do trabalho e os desdobramentos como jornadas de trabalho e o trabalho doméstico não-remunerado, trabalho reprodutivo, economia do cuidado e as diferentes formas de ausência que sentimos e observamos dentro desses processos. Considerando também a pandemia de COVID-19, que impactou as dinâmicas do trabalho doméstico nos lares, o que já era sobrecarregado, ficou ainda mais. Desta forma, utilizando de autoras como Silvia Federici, Ochy Curiel, Helena Hirata, Danièle Kergoat, entre outras, é possível analisar as dinâmicas das quais as mulheres na fronteira – mas não só, são sujeitadas a invisibilização e ausências, mesmo sendo presença chave nas relações de múltiplas jornadas de trabalho.