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dc.contributor.authorSimpson, Pablo
dc.date.accessioned2017-09-18T16:45:29Z
dc.date.available2017-09-18T16:45:29Z
dc.date.issued2016-08
dc.identifier.urihttp://dspace.unila.edu.br/123456789/2392
dc.descriptionIX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016pt_BR
dc.description.abstractCarlos Drummond de Andrade foi tradutor de poesia espanhola e hispanoamericana. De autores como Vicente Aleixandre, José Antonio Balbontín, Fernando de Córdoba y Bocanegra, Léon Felipe, Nicolás Guillén, dentre outros. Muitos deles se relacionam com a atenção do poeta à Guerra Civil Espanhola, quando publicaria dois artigos sobre Lorca no Boletim de Ariel e no Correio da manhã. Segundo Júlio Castañon Guimarães (cf. Andrade, 2011, p. 24) Drummond tinha acesso a parte desses poetas através de edições enviadas da Espanha por João Cabral de Melo Neto (Carvalho, 2007), e no momento de expressão de sua própria poesia mais participativa, em Sentimento do mundo (1940) e A Rosa do povo (1945). Drummond somaria a esse interesse a leitura e tradução de Pedro Salinas, poeta de notável lírica amorosa e também ele tradutor, que optou pelo exílio nos Estados Unidos. Em textos publicados entre 1949 e 1952, afirmaria ter Salinas “a dicção sutil que convém à expressão de estados profundos e evanescentes da alma” (Andrade, 2011, p. 427). Esta apresentação tem dois objetivos principais. O primeiro deles é esclarecer esse contato, aportando mais dados para essa relação, até o momento pouco explorada, no âmbito das relações entre a cultura brasileira e a cultura espanhola no século XX, em face da Guerra Civil e diante do afastamento por parte da literatura modernista das práticas de tradução de poesia (cf. Lia Wyler, 2003). Tratase, para além disso, de compreender o interesse de Drummond pela lírica amorosa de Salinas, com seus longos poemas narrativos e uma dimensão corporal do amor: “Busca carnes rosadas,/ dientes firmes, ardientes/ ojos que aún no recuerdan” (Id., p. 336), que justificam a sua presença na epígrafe de O Amor natural, livro de poemas eróticos de Drummond. Daí, também, o interesse de analisar as traduções do poeta brasileiro dentro da perspectiva reflexiva de Octavio Paz em Traducción, literatura y literalidad (1971), na qual aproxima tradução e criação, "operaciones gemelas". Serão investigados, assim, em perspectiva comparatista (Brunel, 2000), sobretudo temática, poemas como “Para vivir no quiero”, “Qué de pesos inmensos”, “No en palacios de mármol”, “No te detengas nunca” e “El dolor”. Neles percebese a presença de temas caros à lírica erótica do poeta brasileiro, como o da recusa, o duplo movimento vertical, terrestre e celeste (“la carne y las alas”), a separação dos corpos (“El separarse es/ dos bocas que se apartan”), mas também estruturas narrativas, como em “No en palacios de mármol”, que em ambos os poetas operam a partir de negações repetidaspt_BR
dc.description.sponsorshipUNILA­-UNIOESTEpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUNILApt_BR
dc.rightsopenAccess
dc.subjectCarlos Drummond de Andrade - escritor brasileiropt_BR
dc.titleDrummond, tradutor/leitor de Pedro Salinaspt_BR
dc.typeconferenceObjectpt_BR


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