dc.description.abstract | Este artigo investiga a relação entre colonialismo e nacionalismo na experiência brasileira com o
desenvolvimento da vertente conservadora e ultranacionalista do Modernismo, representada pela
figura de Plínio Salgado. Partimos das ideias de Frantz Fanon sobre a situação colonial para enten-
der a construção de uma estrutura de dominação que determina as condições materiais da vida nas
colônias fundamentada no axioma de que os valores europeus sejam superiores e de que devam,
portanto, ser disseminados através de um esforço civilizatório. As ideias de Fanon também nos au-
xiliam a compreender o nacionalismo como uma reação ao colonialismo enquanto aquele se esforça
para que a (auto)determinação das colônias seja radicalmente dissociada da dominação por um po-
der estrangeiro. A partir daí, exploramos a hipótese de que o nacionalismo se resuma, no entanto, a
um fenômeno elitista, já que parece, num primeiro momento, ser liderado por um burguesia nacional
que floresceu no espaço ambíguo entre o nativo e o metropolitano. Por fim, concentramo-nos no
caso brasileiro da influência de Plínio Salgado e seus dois manifestos: o Manifesto Verde-Amarelo,
de 1929, e o Manifesto de Outubro, de 1932, e a consequente criação da Ação Integralista Brasileira. | pt_BR |