A Mobilidade Acadêmico como processo de internacionalização. O Modelo da Universidade Federal de Alfenas – MG
Resumo
A Internacionalização no ensino superior é tão antiga, quanto a própria universidade. Primeiras
ideias sobre esse processo, teve início em Salamanca, Reino da Espanha, no século XII. No início,
era algo particular, no qual dependia muito do interesse de cada docente, sua ligação, direta ou
não com Vaticano. A medida que o pensamento universitário foi se desenvolvendo, cada área
começou a demostrar um viés mais favorável a essas manifestações. Muitos estudantes, oriundos
da pequena nobreza ou burguesia, querendo alcançar patamares sociais mais elevados,
estudavam nesses centros, tendo contatos com pensadores muçulmanos, cristãos e judeus, que
ajudaram a fortalecer o pensamento científico, principalmente no século XVIII.
No Brasil, apesar da ideia de Universidade ter nascido no século XIX, foi na década de 1930,
durante Período Vargas, com a criação da Universidade de São Paulo, que esse processo tem uma
mudança efetiva. Com a falta de profissionais qualificados, Vargas convidou professores
estrangeiros, sua maioria franceses, para ministrar aulas nos cursos criados na USP. História, por
exemplo, foi um desses cursos, que contou com a presença de Fernand Braudel que, anos mais
tarde, seria diretor da EHESS , École des Hautes Études em Sciences Sociales.