Macchu Picchu, a cidade “revelada”
Abstract
A cidade perdida dos Incas é o itinerário desse estudo breve sobre as ruínas do império andino.
Neste espaço, buscamos refletir sobre o papel destas edificações para o imaginário local, bem como
o que sinalizaria o desejo da evocação deste espaço. Segundo a pesquisadora peruana, Mariana
Mould de Pease (2001), além do explorador norteamericano pela cidade escondida passaram outros
personagens, que serão tema de estudo neste trabalho. O trabalho propõe uma aproximação à obra
de Hiram Bingham intitulada “Lost City of the Incas”, na qual o autor trata os construtores da
cidade e de sua “descoberta”, bem como das explorações feitas em seus arredores. Além deste
trataremos de outro, Agustín Lizarrága, um arrendatário local, que pode haver conhecido a cidade,
dentre outros personagens que estariam envolvidos na história da cidade mística. As ruínas —
retratadas por imagem e letra no texto do “desbravador” — funcionam como “chave de leitura”
sobre o passado. O tópico sobre a ruína leva a outro: o de tempo; os topoi interpelamse dentro do
imaginário sobre as ruínas andinas, como exemplo desse encontro, o eulírico de Pablo Neruda
promove em Nas alturas de Machu Picchu a voz das ruínas. No poema, analisaremos como ocorre a
evocação do tempo e das ruinas como símbolo da passagem: entrelugar literário que promove o
encontro dos tempora por meio de um spatium. O passado religase ao presente no desejo do homem
pelo controle do tempo, como efeito disso, atribuemselhe nuances e cores que irão marcar a sua
passagem pela história. Criaramse as estações, a semana, os meses, o ano. Daí a arte projetarse e
marcar o tempo ou a sua passagem. Construindo em pedra, pintando em tela ou papel, modelando
barro ou vidro e por último clicando o homem procurar transmitir o espírito de um tempo dando
“forma” a um momento por meio de uma imagem.