| dc.description.abstract | As mudanças recentes no funcionamento da democracia brasileira decorrem de uma
revisão mais ampla da ordem social (inter)nacional, a qual impele transformações nas
identidades e na maneira em que se observa o mundo. Entende-se que o progresso e
conquistas de movimentos sociais historicamente vulneráveis, são prejudicados com maior
intensidade em momentos de crise democrática, resultando em um medo coletivo de
violências físicas, psicológicas e políticas. Tais opressões podem ser compreendidas em
uma estrutura social resultante de uma lógica de padronização dos comportamentos onde
desumaniza estes corpos lidos como desviantes. Quando ampliado à nível global, percebe-
se uma limitação no desenvolvimento e ampliação, em diferentes níveis, das políticas de
promoção dos ideais da democracia liberal, sobretudo sobre direitos humanos e, apesar
dos avanços e conquistas, tanto no plano doméstico quanto externo, pessoas LGBTI+ são
alvos constantes de ataques pela extrema-direita ascendente no mundo. Posto isso, esta
pesquisa pretende partir do contexto contemporâneo de crescimento do conservadorismo
no mundo, objetivando-se a compreender como o tema da diversidade sexual e de gênero
é empregada em narrativas políticas de países como Brasil, Hungria e Polônia. De modo
particular, nos centraremos no caso brasileiro, a partir da ascensão do presidente de
extrema-direita, Jair Bolsonaro e sua articulação internacional com outras lideranças
mundiais da direita conservadora e religiosa através de uma reformulação na política
externa brasileira. | pt_BR |
