| dc.description.abstract | As eleições de 2018 no Brasil não foram marcadas apenas pelo discurso de campanha eleitoral composto por inúmeras promessas e ataques verbais contra candidatos adversários. Foi nítida também, a presença marcante de mentiras e distorções difundidas pelas redes sociais e disfarçadas de notícias, criando a imagem de um país devastado, moral e economicamente, pela esquerda. Desta forma, o presente artigo busca entender o fenômeno das fake news quando utilizadas em contexto de campanha eleitoral, relacionando-as aos procedimentos de controle e delimitação do discurso apresentados pelo pensador Michel Foucault. Assim, não podemos deixar de analisar também o meio em que estas mentiras circularam e como estas podem afetar uma das principais características de uma democracia representativa, a saber, o processo eleitoral. De caráter exploratório, a investigação bibliográfica utilizará as reflexões de Nádia Urbinati acerca do papel da representação democrática, de Michel Foucault sobre o discurso e suas implicações, e de Tandoc et al. (2018) para conceituação de fake news, bem como avaliar algumas notícias falsas que circularam pelas redes durante a campanha presidencial de 2018. Com isso, buscaremos sustentar a hipótese de que, apesar de uma suposta fragilidade da democracia representativa devido a manipulação da opinião pública, as fake news não conferem necessariamente a morte do estado democrático, apesar das consequências negativas que essa manipulação pode trazer. | pt_BR |
