Hegemonia, Imperialismo e a Guerra na Síria: Elementos para a análise do Sistema Internacional Contemporâneo
Resumen
Neste trabalho visamos obter a partir dos conceitos de hegemonia e imperialismo e dos
desdobramentos da Guerra na Síria (2011-2018) elementos que sirvam para a análise do Sistema
Internacional Contemporâneo. Para tal, são revisitadas as ferramentas analíticas da Teoria Crítica
ou corrente Neomarxista das Relações Internacionais, especialmente os conceitos de hegemonia
e imperialismo, para fundamentar uma análise tridimensional - à nível estrutural, processual e
dos atores - do Sistema Internacional. Partimos da premissa de que o imperialismo
contemporâneo está baseado na interseção entre duas formas de competição que se
complementam a nível sistêmico e/ou estrutural, a competição econômica e a competição
geopolítica. Assim, são analisadas a política externa das grandes potências capitalistas, Estados
Unidos, China e Rússia, comparando as capacidades econômicas e militares que cada uma
possui. Considera-se que a crise hegemônica dos Estados Unidos e o acirramento das disputas
deste com China e Rússia se traduzem no conflito sírio, explicitando as principais tendências do
Sistema Internacional Contemporâneo, como a multipolaridade assimétrica e a multiplicação de
focos de conflitos híbridos. Desta maneira, hegemonia e imperialismo são categorias que ajudam
a explicar a crescente conflitividade nos processos sistêmicos, assim como a estrutura
assimétrica do Sistema Internacional. A Guerra na Síria, por fim, evidencia os elementos que
demonstram o desgaste da hegemonia estadunidense e os fundamentos para a disputa entre a
potência imperialista e os polos de poder euroasiáticos. En este trabajo pretendemos obtener a partir de los conceptos de hegemonía e imperialismo y de
los desdoblamientos de la Guerra en Siria (2011-2018) elementos que sirvan para el análisis del
Sistema Internacional Contemporáneo. Para ello, se revisan las herramientas analíticas de la
Teoría Crítica o corriente Neomarxista de las Relaciones Internacionales, especialmente los
conceptos de hegemonía e imperialismo, para fundamentar un análisis tridimensional - a nivel
estructural, procesal y de los actores - del Sistema Internacional. Partimos de la premisa de que el
imperialismo contemporáneo está basado en la intersección entre dos formas de competencia que
se complementan a nivel sistémico y / o estructural, la competencia económica y la competencia
geopolítica. Así, se analizan la política exterior de las grandes potencias capitalistas, Estados
Unidos, China y Rusia, comparando las capacidades económicas y militares que cada una posee.
Se considera que la crisis hegemónica de Estados Unidos y la intensificación de las disputas de
éste con China y Rusia se traducen en el conflicto sirio, explicitando las principales tendencias
del Sistema Internacional Contemporáneo, como la multipolaridad asimétrica y la multiplicación
de focos de conflictos híbridos. De esta manera, hegemonía e imperialismo son categorías que
ayudan a explicar la creciente conflictividad en los procesos sistémicos, así como la estructura
asimétrica del Sistema Internacional. La Guerra en Siria, por último, evidencia los elementos que
demuestran el desgaste de la hegemonía estadounidense y los fundamentos para la disputa entre
la potencia imperialista y los polos de poder euroasiáticos In this work we aim to obtain from the concepts of hegemony and imperialism and the unfolding
of the War in Syria (2011-2018) elements that serve to analyze the International Contemporary
System. To this end, the analytical tools of the Critical Theory or the Neomarxist Current of
International Relations, especially the concepts of hegemony and imperialism, are revisited to
support a three-dimensional analysis - at the structural, procedural and actor levels - of the
International System. We start from the premise that contemporary imperialism is based on the
intersection between two forms of competition that complement each other on a systemic and /
or structural level, economic competition and geopolitical competition. Thus, the foreign policy
of the great capitalist powers, the United States, China and Russia, are analyzed, comparing the
economic and military capacities that each possesses. It is considered that the hegemonic crisis
of the United States and the intensification of its disputes with China and Russia translate into
the Syrian conflict, explaining the main tendencies of the Contemporary International System,
such as asymmetric multipolarity and the multiplication of focuses of hybrid conflicts. In this
way, hegemony and imperialism are categories that help explain the growing conflict in systemic
processes, as well as the asymmetric structure of the International System. The War in Syria
finally highlights the elements that demonstrate the erosion of US hegemony and the grounds for
the dispute between the imperialist power and the Eurasian power poles