O museu que nunca houve: o museu da descoberta em disputa pelas memórias portuguesas em zonas de contato.

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Data

2023

Autores

Pereira, Jéssica Carlos

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Resumo

O presente trabalho procura construir uma linearidade entre o passado e o presente da sociedade portuguesa e analisar como os discursos da modernidade ainda influenciam suas memórias e identidade no século XXI. A pesquisa tem como objeto de estudo central o projeto de construção do Museu da Descoberta na cidade de Lisboa, proposto no ano de 2018 com o objetivo de abordar as navegações portuguesas. Para isso, serão analisadas as exposições ocorridas no país entre 1940 e 1998, além de uma visita a um dos museus já existentes com a mesma nomenclatura. Para tal, exploramos como os museus e as exposições podem ser utilizados a partir de um viés político hegemônico para propagar um imaginário lusotropicalista, moldando o nacionalismo na sociedade portuguesa, principalmente a partir do século XX. A utilização de jornais eletrônicos auxilia no recorte de opiniões de jornalistas e intelectuais portugueses que abordam a construção do museu atualmente, além da busca por informações e dados levantados no passado. A pesquisa tem como objetivo questionar como Portugal reproduz a história das “descobertas” se apoiando nas glórias do passado para construir uma identidade própria enquanto esconde, em seus manuais didáticos, jornais, exposições e museus, as explorações e violências cometidas no processo de colonização.

Descrição

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcialà obtenção do título de Mestra em Estudos Latino-Americanos.

Palavras-chave

Museu da Descoberta; Museologia Social; Lusotropicalismo; Memória Social; Colonialismo Português

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