Tradição e Experiência na Primeira Modernidade: uma Análise Iconográfica do Mapa de Diego Gutierrez (1562)

Resumo

O presente estudo buscou compreender como, durante o século XVI a transposição do atlântico e a descoberta das Américas foi capaz de reconfigurar as bases cartográficas no alvorecer da modernidade. O escopo do trabalho procurou revelar como os novos problemas enfrentados no mar e a necessidade de inventar um Novo mundo para controlá-lo e dominá-lo, acabou desencadeando uma verdadeira revolução nas formas de se representar o mundo a partir dos cosmógrafos da Casa de la Contratación onde os discursos de poder e agendas passam a ser ainda mais presentes nesta modalidade de cartografia. A análise do mapa Americae sive Quartae Orbis Partis Nova et Exactissima Descriptio de Diego Gutiérrez e Hieronymus Cock, buscou explorar como essas mudanças se operaram, assim como tentou evidenciar a convivência de elementos tradicionais nessa nova cartografia moderna. Seguindo as proposições de Harley, como proposta metodológica, a decomposição desse artefato, tentou avaliar os contextos que permeiam sua confecção. Por sua vez, a investigação dos contextos dos cosmógrafos pretendeu estabelecer as diferenças quanto às epistemologias adotadas por ambos, e como essa amalgamação permitiu a produção de uma das mais belas composições cartográficas durante o século XVI.

Descrição

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial para a obtenção de título de licenciado em História - Licenciatura.

Palavras-chave

Cartografia Histórica; primeira modernidade; Monstros.

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