Açúcar Amargo: Auge e Declínio dos Banguês Nordestinos em Menino de Engenho e Usina de José Lins do Rego

Resumo

As bases econômicas da colonização brasileira foram a monocultura, o engenho Banguê e o trabalho escravo, que moldaram o padrão do sistema produtivo colonial, concentrado na Zona da Mata nordestina. Essa estrutura, começa a desintegrar-se com a modernização da economia açucareira no final do século XIX, refletida na transição dos engenhos banguês para as usinas. Processo este, descrito nos “romances do açúcar” do escritor modernista José Lins do Rego, paraibano que juntamente com os regionalistas 1930, incorporou a crítica social na literatura brasileira. O presente trabalho, através do diálogo entre Literatura, História e Sociedade, busca analisar a metamorfose do espaço rural nordestino, tendo como objetivo geral o estudo da influência sociocultural da ocupação econômica na região. A metodologia utilizada na pesquisa foi basicamente qualitativa, realizada a partir de fontes primárias (censo agropecuário de 1940), dados secundários e revisão bibliográfica sobre a civilização do açúcar. O corpus do trabalho foi composto pelos romances Menino de Engenho (1932) e Usina (1936), cujas narrativas foram objeto de uma análise conteudista. Não só o rural brasileiro se transformou com o projeto desenvolvimentista do Estado Novo, mas as próprias relações sociais, ecológicas e de trabalho.

Descrição

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar.

Palavras-chave

Memória. Modernismo. Regionalismo. Engenho Banguê. Aristocracia Rural

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