Mulheres Guerreiras: Unidade didática de português como língua adicional com recorte feminista, classista e de raça
Resumo
Este trabalho é a base teórico-metodológica da produção de uma unidade didática de português como língua adicional. Foi produzida uma unidade didática com um recorte feminista, considerando também classe e de raça, a qual espera-se que seja uma ferramenta para desnaturalizar as opressões linguísticas que sofrem as mulheres. Ter o gênero ignorado quando se é maioria é uma opressão recorrente, que vem mudando a passos lentos (é possível ver, por exemplo, que muitas pessoas já saúdam “todas e todos”, entretanto, durante o restante do discurso voltam a usar, automaticamente, o “neutro” masculino). Um dos motivos pelos quais esta unidade foi produzida é este, mas também para que mulheres migrantes se vejam representadas, para que percebam sua importância para o desenvolvimento da sociedade e, finalmente, para que consigam lutar contra as possíveis opressões que sofrem como migrantes. Para a criação desse material, foi apresentado um conceito de língua a partir de uma linha sociointeracionista, desde a qual também foram conceituadas a comunicação e a cultura, e delineada a importância de se trabalhar com a diferença cultural ante a diversidade, por este último ser um conceito liberal que tende a focar no que é idêntico em diferentes culturas, ao invés de olhar as fronteiras significativas e os deslocamentos simbólicos que ocorrem quando pessoas de diferentes países se encontram. A partir de debates sobre tais conceitos foi produzida uma unidade didática dividida em dois capítulos, a qual se espera que possa ser uma ferramenta contra a opressão linguística machista. This paper is the theoretical-methodological basis to produce a didactic unit of
Portuguese as an additional language. A teaching unit was produced with a feminist
cutout, also considering class and race outlines, which is expected to be a tool to
denature the linguistic oppressions suffered by women. To have a specific gender to
be ignored when it is majority in a group is a recurring oppression, which has been
changing slowly (It is possible to see, for example, that many people already greet
"everyone", however, for the rest of the speech, automatically continue to use the
masculine "neutral"). One of the reasons why this unit was produced is this, but also
for migrant women to be represented, so that they realize their importance for the
development of society and, finally, so them can fight the possible oppressions they
suffer as migrants. For the creation of this material, a concept of language was
presented from a socio-interactionist profile, from which communication and culture
were also conceptualized, and the importance of working with cultural difference before
diversity was delineated. As diversity is a liberal concept that tends to focus on what is
the same in different cultures, while difference means to look at the significant
boundaries and symbolic shifts that occur when people from different countries meet.
After some debates on such concepts a didactic unit was produced, it is divided in two
chapters, And, in conclusion, this material is expected to be a tool against the male
chauvinist linguistic oppression Este trabajo es una base teórica y metodológica para la producción de una unidad de
enseñanza del portugués como idioma adicional. Se produjo una unidad didáctica con
un recorte feminista, por lo tanto, también clasista y de raza, la cual se espera que sea
una herramienta para desnaturalizar las opresiones lingüísticas que sufren las
mujeres. El tener el género ignorado cuando se es mayoría es una opresión
recurrente, que viene cambiando a pasos lentos (es posible ver, por ejemplo, que
muchas personas ya saludan "todas y todos", sin embargo, durante el resto del
discurso vuelven a usar, automáticamente, el "neutro" masculino). Uno de los motivos
por los que esta unidad fue producida es ésta, pero también para que las mujeres
migrantes se vean representadas, para que perciban su importancia para el desarrollo
de la sociedad y, finalmente, para que puedan luchar contra las posibles opresiones
que sufren como migrantes. Para la creación de ese material, se presentó un concepto
de lengua a partir de una línea sociointeracionista, desde la cual también se
conceptuaron la comunicación y la cultura, y fue delineada la importancia de trabajar
con la diferencia cultural ante la diversidad, por este último ser un concepto liberal que
tiende a enfocarse en lo que es idéntico en diferentes culturas, en lugar de mirar las
fronteras significativas y los desplazamientos simbólicos que ocurren cuando
personas de diferentes países se encuentran. A partir de debates sobre tales
conceptos se produjo una unidad didáctica dividida en dos capítulos, la cual se espera
que pueda ser una herramienta contra la opresión lingüística machista