Justiça de transição e educação no Brasil: análise histórica e implicações da ausência de sua implementação
Visualizar/ Abrir
Data
2019-06-21Autor
Silva, Thayane Ellen Machado da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho trata sobre o tema da Justiça de Transição a partir da realidade brasileira do golpe militar que durou de 1964 à 1985 sob forma de revisão de literatura. Durante este período o país foi submetido a uma ditadura militar que reprimiu e perseguiu opositores do regime através dos órgãos de repressão do governo, além de promover sua ideologia através de aparelhos ideológicos do Estado, a fim de legitimar um discurso conservador para a perpetuação de uma política pautada nos interesses burgueses. Embora tenha acontecido a redemocratização em 1985 e a promulgação da Constituição Brasileira em 1988, as instituições do Estado ainda reproduzem este discurso repressor e alienante até os dias atuais. Estas políticas de educação pautadas, hegemonicamente, na ideologia burguesa e as perseguições sistemáticas à grupos específicos da sociedade nos mostram o quanto é importante fazer justiça contra os crimes cometidos pelos agentes do Estado, revelar a verdade sobre estes crimes e promover sua memória. Estas ações, chamadas de Justiça de Transição, são necessárias para que os países em redemocratização consigam superar sua herança de violência, a fim de que estas violações de Direitos Humanos não se repitam, além de fortalecer a democracia e promover a humanização da sociedade. Este trabajo trata sobre el tema de la Justicia de Transición a partir de la realidad
brasileña del golpe militar que duró de 1964 a 1985 en forma de revisión de literatura.
Durante este período el país fue sometido a una dictadura militar que reprimió y persiguió
a opositores del régimen a través de los órganos de represión del gobierno, además de
promover su ideología a través de aparatos ideológicos del Estado, a fin de legitimar un
discurso conservador para la perpetuación de una dictadura política pautada en los
intereses burgueses. Aunque se produjo la redemocratización en 1985 y la promulgación
de la Constitución Brasileña en 1988, las instituciones del Estado todavía reproducen este
discurso represor y alienante hasta los días actuales. Estas políticas de educación
pautadas, hegemónicamente, en la ideología burguesa y las persecuciones sistemáticas a
grupos específicos de la sociedad nos muestran cuán importante es hacer justicia contra
los crímenes cometidos por los agentes del Estado, revelar la verdad sobre estos
crímenes y promover la memoria sobre ellos. Estas acciones, llamadas de Justicia de
Transición, son necesarias para que los países en redemocratización consigan superar su
herencia de violencia, a fin de que estas violaciones de Derechos Humanos no se repitan,
además de fortalecer la democracia y promover la humanización de la sociedad This paper deals with the theme of Transitional Justice based on the Brazilian reality of the
military coup that lasted from 1964 to 1985 in the form of a literature review. During this
period the country was subjected to a military dictatorship that repressed and persecuted
opponents of the regime through government repression bodies, as well as promoting its
ideology through ideological state apparatus, in order to legitimize a conservative
discourse for the perpetuation of a policy based on bourgeois interests. Although
redemocratization occurred in 1985 and the promulgation of the Brazilian Constitution in
1988, state institutions still reproduce this repressive and alienating discourse to the
present day. These education policies, hegemonically based on bourgeois ideology and
systematic persecution of specific groups in society, show us how important it is to do
justice against crimes committed by State agentes, to reveal the truth about these crimes
and to promote memory on them. These actions, called Transitional Justice, are necessary
so that the countries in redemocratization can overcome their inheritance of violence, so
that these violations of Human Rights are not repeated, besides strengthening democracy
and promoting the humanization of society