“Eu quero dizer quem sou eu!”. Subjetividade, identidade e reconhecimento de mulheres transexuais moradoras de Foz do Iguaçu-PR
Abstract
O presente trabalho tem como objetivo compreender a construção da identidade de gênero e a luta por reconhecimento social de três mulheres transexuais moradoras da cidade de Foz do Iguaçu-PR. A entrevista em profundidade foi a técnica de pesquisa utilizada para a coleta de dados e a inserção no mercado de trabalho formal foi o critério norteador da seleção das entrevistadas. Para registro das entrevistas, optou-se pela utilização de recursos de gravação audiovisual. As entrevistas foram realizadas no ano de 2017 e analisadas a partir da perspectiva da luta por reconhecimento social travadas pelo movimento LGBT, em especial, pelas mulheres transexuais. Esse trabalho se propõe a apontar as formas de desrespeito social pelo qual passaram as entrevistadas, dar voz às suas demandas por reconhecimento social e, desta forma, ressaltar a importância da luta das mulheres transexuais contra a transfobia, pela des-patologização das suas identidades de gênero e por direitos civis igualitários. The present work aims to understand the construction of gender identity and the
struggle for social recognition of three transsexual women living in the city of Foz
do Iguaçu-PR. The in-depth interview was the research technique used to collect
data and the insertion in the formal job market was the guiding criteria to make
the selection of the interviewees. To record the interviews, which were conducted
in the year 2017, we chose to use audiovisual recording resources. The analysis
of the interwiews took in perspective the struggle for social recognition by the
LGBT movement, especially by transsexual women. This paper proposes to point
out the forms of social disrespect by which the interviewees passed in their path,
to give voice to their demands for social recognition and, in this way, to empha-
size the importance of the transsexual women fight against transphobia, their fi-
ght for the depathologization of their gender identities and for equality in civil
rights